Guiné Conacri: OIM reativa triagem para conter risco de propagação do ébola
Ação ocorre após a confirmação de casos da doença na Serra Leoa; voluntários comunitários devem ser deslocados para auxiliar na triagem em 48 pontos principais oficiais e não-oficiais de entrada¬¬ no país.
Michelle Alves de Lima, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, e os seus parceiros reativaram a triagem de saúde nas fronteiras da Guiné Conacri após a confirmação de dois casos de ébola na Serra Leoa neste mês de janeiro. A vigilância também foi reforçada em Forecaria, região próxima ao local onde os casos foram registados.
A triagem foi reforçada em Pamelap, no único ponto de inspeção ainda em funcionamento desde que a Guiné Conacri foi declarada livre do ébola. A medida seguiu-se a um pedido feito pelo Centro Nacional de Operações de Emergência e pelo Ministério da Saúde do país.
Sinergia
A cooperação transfronteiriça entre Forecaria, na Guiné Conacri, e Kambia, na Serra Leoa, foi restaurada para que ambas as localidades compartilhem informações-chave sobre os casos e os seus contactos.
O plano é aumentar a sinergia das estratégias a serem implementadas nos dois lados da fronteira e também reativar pontos de triagem nos principais locais de entrada entre Guiné Conacri e Serra Leoa.
De acordo com o chefe da missão da OIM na Guiné Conacri, Kabla Amihere, até o fim do mês, voluntários comunitários devem ser deslocados para ajudar na triagem em 48 pontos principais oficiais e não-oficiais de entrada no país.
Deteção Precoce
A OIM também lidera ações para aumentar os mecanismos de controlo. A agência mobilizou vilarejos locais para facilitar a deteção precoce do ébola e de outras potenciais doenças epidémicas em zonas fronteiriças e marítimas.
Informações mais recentes do Escritório de Coordenação Nacional de Guiné Conacri indicam que desde o início do surto foram registados 3.804 casos confirmados, prováveis e suspeitos de ébola no país, incluindo 2.536 mortes.
OMS
O segundo caso deste ano de ébola na Serra Leoa foi confirmado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, na quinta-feira. A paciente, que está a ser tratada, é tia da jovem de 22 anos que contraiu o ébola – e veio a falecer – no princípio do mês.
A diretora para Doenças Transmissíveis do Escritório Regional da OMS para África, Magda Robalo, contou à Rádio ONU, de Brazzaville, que eram esperados mais pacientes com o vírus.
A representante informou que cerca de 150 pessoas estão a ser acompanhadas na Serra Leoa. O país cumpre 90 dias de vigilância reforçada após ter sido declarado livre da transmissão de ébola a 7 de novembro de 2015.
*Apresentação: Denise Costa.
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