A Missão da ONU em Mali, Minusma, foi oficialmente encerrada em 31 de dezembro, pondo fim a uma década de presença no país da África Ocidental.

Cerca de 15,2 mil militares e policiais e quase 2 mil civis foram designados para trabalhar na missão.

A Minusma foi enviada para o Mali em 2013, após uma violenta insurreição de rebeldes separatistas que tentavam assumir o controle do norte do país e um subsequente golpe liderado por militares. Suas principais tarefas incluíam apoiar uma transição política e proteger os civis.

A operação de manutenção da paz no noroeste do Mali, incluindo Gao (foto), foi um foco especial da missão. A área é uma das mais afetadas por confrontos.

A missão também apoiou os esforços de desarmamento, e cerca de 2,3 mil ex-combatentes se juntaram ao processo de desmobilização e reintegração.

A missão apoiou o retorno à ordem constitucional, incluindo a adoção por referendo de uma nova Constituição em junho de 2023. A operação de paz também forneceu apoio técnico e logístico para as eleições.

As forças de paz da ONU frequentemente trabalhavam em projetos comunitários, incluindo a reforma de uma escola por engenheiros ganenses em um bairro carente da capital, Bamako.

A Minusma tem sido uma das missões de manutenção da paz da ONU mais desafiadoras, com operações realizadas em ambientes muitas vezes hostis.

A presença da missão no Mali teve um custo humano excepcionalmente alto: 311 soldados da paz morreram no cumprimento do dever e pelo menos mais 700 ficaram feridos desde julho de 2013.

O chefe de manutenção da paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix (de terno), visitou a missão em várias ocasiões. Ele prestou homenagem aos colegas mortos e reconheceu todos os pacificadores "que servem abnegadamente pela causa da paz".