Perspectiva Global Reportagens Humanas

Relatório destaca nova onda de extremismo ao apelar à proteção infantil

Leila Zerrougui Foto: ONU/Amanda Voisard

Relatório destaca nova onda de extremismo ao apelar à proteção infantil

Nigéria, Líbia e Mali integram lista de nações com o fenómeno; grupo de países também inclui o Iraque e a Síria; documento foi apresentado esta quinta-feira na Assembleia Geral.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A representante especial do secretário-geral da ONU para Crianças e Conflitos Armados instou à comunidade internacional unir-se para proteger as crianças do que chamou de “novas ondas de extremismo”.

Leila Zerrougui apresentou, esta quarta-feira, o seu relatório anual à Assembleia Geral. O informe defende que a prática ocorre em países como Iraque, Síria, Nigéria, Líbia e Mali.

Intensidade

A representante informou ainda que os menores são as principais vítimas da escalada sem precedentes da intensidade de conflitos que foi observada nos últimos meses.

O documento menciona menores mortos, mutilados, usados, recrutados, orientados e brutalizados por forças e grupos armados.

A responsável chamou a atenção para o dramático número de mortes infantis em conflitos em países como Afeganistão, Somália e  República Democrática do Congo. Por outro lado, citou as vítimas de emergências em grande escala na Síria, na República Centro-Africana e no Sudão do Sul.

Faixa de Gaza

O conflito na Faixa de Gaza também foi mencionado por Zerrougui, para o que chamou inaceitável número elevado de vítimas civis. Estima-se que pelo menos um quarto das vítimas eram crianças.

O informe aponta menores que também foram “recrutados e usados por todos os lados do conflito” na recente escalada de violência no Iraque e nos confrontos entre o Governo e os grupos armados.

Atrocidades

A representante disse que, em muitas situações, as crianças têm sido privadas de seus direitos mais básicos e testemunharam ou foram forçadas a cometer atrocidades.

A representante especial considera essencial garantir que os menores não estejam associados às forças armadas em conflito.

Para ela, a medida ajudaria a formar exércitos profissionais e sociedades estáveis com base no Estado de direito e na proteção dos direitos infantis.

*Apresentação: Denise Costa.