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“Desde pequena, eu tive um propósito de ser protagonista e não espectadora do mundo”, diz Luiza Trajano

Luiza Trajano, líder do grupo Mulheres do Brasil

“E protagonista, que eu falo, é estar junto. É estar junto com a minha cidade, é fazer e não ver a banda passar.” 

Reprodução de vídeo
Luiza Trajano, líder do grupo Mulheres do Brasil

“Desde pequena, eu tive um propósito de ser protagonista e não espectadora do mundo”, diz Luiza Trajano

ODS

A convidada desta semana do Podcast ONU News colabora com o Pacto Global das Nações Unidas com a sua empresa, a Magazine Luiza, e com o Grupo Mulheres do Brasil, que fundou em 2013, para aumentar o número de mulheres na política; para Luiza Trajano, cada cidadão é responsável por lutar pela paz. 

E este futuro melhor inclui parcerias e diversidade. Em setembro, ela lançará um programa, na América Latina, para aumentar para 50% o número de mulheres na política municipal. Em janeiro, será a vez da rede internacional de ativistas, dar um basta à violência contra a mulher no mundo. Um flagelo que gera perdas por todos os lados, segundo ela. 

De seu escritório, em São Paulo, ela conversou com Monica Grayley e Felipe de Carvalho sobre a parceria com as Nações Unidas, inteligência emocional e combate ao racismo. 

 

ONU News: O que motivou você a integrar o Pacto Global nessa parceria com as Nações Unidas e colaborar com o cumprimento desses Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?

Luiza Trajano: Bom. Um prazer estar aí com vocês, Felipe e Monica, e todos vocês.

Olha, a gente sabe que hoje as empresas precisam disso. Quando eu comecei a falar nisso, Felipe, parecia uma muito coisa muito de ideal, muito feminina, que as empresas precisavam. Era uma coisa até difícil de tentar mostrar que isso era uma necessidade. Mas, de repente, a pandemia, ou o pós-pandemia, que trouxe tanta coisa trise,  trouxe principalmente no Brasil, uma coisa que é o ESG (Ambiental, Social e Governança), que está sendo muito visto. Então, hoje, falar disso é uma obrigação. Fazer isso, mais ainda. Acho que as pessoas ainda não entenderam. E o Pacto Global, que junta empresas e a ONU, ele facilita a gente a ter muito objetivo em cada um dos segmentos que a gente quer colocar.

Então é uma coisa muito boa e você tem um compromisso. A sua equipe tem um compromisso, você tem um compromisso com o Pacto Global. Quer dizer: você tem que realmente olhar e fazer acontecer. Porque, para mim, o mais difícil e o que eu mais luto é para fazer acontecer. Não ficar só no discurso. Então, o Pacto Global te compromete mais com uma alguma coisa global, com a ONU, que é um órgão tão respeitado. Então, ele faz você se comprometer. E você não está sozinho. Você está com algumas empresas que estão aderindo ao Pacto Global.  E isso fortalece o próprio país e as próprias empresas.

ONU: Uma das iniciativas que você tem tocado desde 2013 é o grupo de mulheres líderes “Mulheres do Brasil”. Este grupo tem crescido inclusive. Hoje, tem mais de 100 mil mulheres. Quais são ainda as barreiras enfrentadas pelas mulheres em postos de comando. E por que ainda é tão difícil avançar com essa agenda, que uns podem classificar de feminista, mas que a gente classifica como uma agenda de igualdade de gênero, 50-50, uma parceria?

LT: Bom, primeiro, eu gostaria de definir feminista. Feminista é quem luta pela igualdade entre homens e mulheres. Talvez o nome, o título, tenham trazido uma coisa rancorosa. Mas é isso. Eu acho que lutar pela igualdade entre homens e mulheres é uma coisa que todo mundo deveria fazer. 

Então, eu gosto muito de esclarecer por que as pessoas falam: ‘ah, não, é feminista.’ Bom, se eles souberem que feminista é igualdade entre homem e mulher, todos nós, inclusive o Felipe, homens, somos feministas. Porque vai ter filha, vai ter neta, vai ter tudo que não acha justo só por causa do gênero definir.

Bom, hoje, as pessoas podem achar difícil, viu Monica? Mas, 10 anos atrás,  quando o grupo começou, eu nunca pensei que eu fosse escutar tanta coisa hoje que estou escutando sobre mulheres.

ON: Por exemplo...

LT: Por exemplo: hoje, eu pego um head hunting imenso que tem aqui internacional. Eu não vou vou falar o nome, mas é internacional. Eu vivia falando com eles: Vocês precisam por mulheres nisso. Esses dias, alguém me ligou dizendo que de cada 10 pedidos de emprego hoje de diretoria, eles só pegam alto nível: 6 querem mulheres. Eu acho que eu nunca pensei que eu fosse escutar isso, nesse momento. Então é assim: agora no Brasil, acabou de sair uma lei, feita pelo Governo Federal, de igualdade salarial. 

Eu acho que resolve um ponto, mas também a mulher não é levada ao cargo para não ter igualdade salarial ainda tem uma luta grande. Mas eu acho que nós crescemos muito nesses três anos.

Até porque é muito importante a gente entender que a gestão hoje é muito mais orgânica do que mecânica. Os homens, viu Felipe, os homens mais velhos que você quando eles trabalhavam, eles não podiam falar que não sabiam, ou que estavam intuindo, ou que tinham um problema em casa. Aqui você tem que ser profissional. Coisa que não funciona. Você é uma pessoa só.

Hoje, eu digo, porque eu convivo com empresas grandes. A nossa tem mais de 40 mil funcionários. E eu convivo com empresa muito grande onde as pessoas sabem que o profissional quer ter qualidade de vida, ele quer ser ele. 

E a mulher, Monica, foi muito mais preparada para uma empresa orgânica. Não que o homem não possa ser. Ele foi preparado para viver aquela empresa mecânica. Onde ele não podia falar que ele não sabia. Onde, se ele tivesse um problema em casa, ele não podia levar para a empresa.

ON: Criar uma persona, né?

LT: Uma persona, uma capa para colocar em cima desta persona. E nós fomos permitidas a desenvolver intuição, sensibilidade, que é pedida hoje de qualquer empresa grande, pequena, média... A pandemia trouxe uma mudança muito grande no perfil das pessoas, em que tipo de empresa que você quer trabalhar? Lógico que o dinheiro é importante, a carreira é importante. Mas a maioria das pessoas, hoje, quer trabalhar numa empresa que ajuda a combater a desigualdade de modo geral. Uma empresa que seja verdadeira, que erre e acerte, que seja transparente e que tenha qualidade de vida, que elas possam ser elas também. Isso fez, sem perceber... A sociedade está mudando muito. Agora, a gente ainda tem as nossas lutas. E hoje, o grupo Mulheres do Brasil tem 117 mil mulheres de todos os segmentos. Em todo lugar do mundo. A gente tem um grupo muito forte aí em Nova Iorque, em Madri. E tem 22 causas que a gente trabalha e com o Pacto Global também.

E eu te digo: a única causa nossa, que a gente tem que prestar bem atenção, que é global. Tem em todo o lugar: Vale do Silício, Madri, Londres... é a violência contra a mulher. Essa tem em todo o lugar. Estou trabalhando para lançar um Pacto, em janeiro, para daqui a quatro anos, nós não termos mais nenhuma violência no mundo. Não é só no Brasil.

E eu estou encontrando muitos adeptos para isso porque é uma coisa que acaba com todo mundo. No nosso grupo trabalha-se muito (este tema), a violência é uma coisa que... Eu nunca vi um perde perde tão grande. Perde a família do marido, perde a família do companheiro, perde a família da mulher, perdem os filhos com terapia, doença. Então é assim: a cada duas, três horas, uma mulher é morta pela violência que não leva a nada. Nós temos muita coisa ainda para trabalhar, a igualdade salarial. Quando eu falava que eu era a favor de cota, há 13,14 anos, antes do grupo Mulheres do Brasil, eu quase apanhava. Mesmo de mulheres: meritocracia... Espera aí, meritocracia é quando tem oportunidade para todo mundo. Tinha 7% de mulheres em Conselhos. Quando você tira as filhas de dono e as donas cai para 3% no Brasil. Agora, muitas pessoas querem mulheres no Conselho.

Até porque, né minha gente, é ela que define o carro que vai comprar, que define o computador, que define tudo. Então é muito importante.

ON: Luiza, muito importante isso tudo. E, apesar de terem avanços no meio empresarial, na participação das mulheres, a gente sabe que na política não é bem assim. No Brasil, apenas 17% de mulheres na Câmara e no Senado 16%.  O Mulheres no Brasil está investindo nessa luta de mais mulheres na política? 

LT: Muito legal, Felipe. Chama-se “Pula para 50. Tem até uma musiquinha muito legal, se depois puder passar eu peço. A gente quer pular para 50%. E eu passei esse trabalho agora da ONU Habitat e fui para essa reunião, em Nairóbi. Um dos nossos objetivos é levantar mulheres para prefeitas e vereadoras de cidades. Se chama Women-led Cities e eu sou uma líder global desse movimento para que tenha mais mulheres na política. E começar de prefeitas, de vereadoras. A gente vai lançar em setembro.

A gente vai fazer o primeiro teste em cinco cidades da América Latina também. Cidades de 30 mil a 100 mil habitantes. E o grupo Mulheres do Brasil lançou o Pula para 50. E a gente tem trabalhado isso há quatro anos, para que os partidos deem verbas, para que trabalhem. Então, nós vamos levantar 50% de mulheres em política. Dentro de quatro, cinco anos, você já vai ver isso aqui no Brasil.

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ONU News

ON: E aí dentro desses 50%, nos próximos anos, tem alguma perspectiva de você compor, de você fazer parte da vida política aí do Brasil?

LT: Primeiro, eu quero dizer que eu sou uma política porque político não é só quem tem cargo político. Eu sempre trabalhei politicamente, trabalhei com as pessoas que exercem cargo, sou uma apaixonada pelo meu país. E o grupo Mulheres de Brasil é um grupo político. É suprapartidário, mas é político.

Felipe, eu fui muito convidada, nessa última eleição, para ser presidente por alguns partidos, para ser senadora, para ser outra coisa, até porque mulher está meio na moda, né? Eu até agradeço a muitos amigos, empresários e tal.

Mas eu concluí que eu posso ajudar mais na política sendo o que eu sou hoje. Mas eu sou uma política e o grupo Mulheres do Brasil é político. Porque são as políticas públicas que mudam um país. E a gente vai melhorando, melhorando. E, hoje, com quase 120 mil mulheres é o maior grupo político de mulheres no mundo. É um grupo de diversidade total. Nós temos todos os níveis sociais de pessoas. Muitas mulheres de periferia. Eu estava numa reunião agora com uma mulher de periferia, que é nossa líder já há quase 10 anos. Ela está tendo uma empresa agora de head hunting com pessoas de periferia. Nós temos pessoas de todos os níveis. Então nós somos um grupo político. Eu quero dizer que eu sou uma política sem cargo político. 

ON: Luiza, você está usando relógio nesse momento?

LT: Estou.

ON: O seu também tem 24 horas? Eu acho que tem mais, não? (Risos)

LT: Todo mundo me pergunta isso, viu, Monica. Seu eu tenho mais. Mas tem duas coisas que eu acho muito importante assim. Uma é que eu durmo pouco. Isso me ajuda muito. Me acostumei a dormir pouco a vida toda...

ON: Você dorme pouco? Quantas horas?

LT: Quatro, cinco horas por noite, mas sempre eu fiz isso. Então isso me ajuda. Mas eu acho que o que mais me ajuda, Monica, são duas coisas: eu terceirizo muito. Aliás minha filha fala: ‘Não dá uma ideia pra minha mãe porque você sai com um serviço’. Se você me der uma ideia, eu falo pra você: pode fazer que eu te dou apoio. Então eu sou uma pessoa que crio muitas pessoas juntas. Então eu vou monitorando... E outra é que eu fiz um exercício que me ajuda muito. Eu fico inteira naquilo que estou fazendo.

Se eu estou no café da manhã com a moça que trabalha comigo lá, eu estou inteira. Eu estava numa reunião agora, eu dou o melhor de mim. Quando eu me sentei aqui, não existe mais nada do que vocês dois e o público que está assistindo.

Então, eu me treinei a estar inteira naquilo que estou fazendo. Eu tenho horário de almoço...

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Pacto Global

ON: E como você faz nessa época de rede social, telefone celular? Como você faz com as mensagens?

LT: Ué. Antigamente, eu não tinha para responder na hora por que eu tenho que responder na hora? Eu estou no elevador aqui da empresa e está o pessoal assim (no celular), e eu falo: oi, tudo bem? Como vai? Olha pra mim. Aqui, não tem wifi, no elevador. E as pessoas estão se acostumando porque é um hábito. Primeiro, eu morava em Franca, vinha trabalhar em São Paulo, que são 400km. Não tinha avião ainda. Eu tinha que parar num posto para fazer orelhão. O orelhão do posto. E eu sobrevivi  a isso.

Então, assim: eu acho super importante. Sou super tecnológica, aprendo. Faço as redes sociais algumas. Mas eu tenho o meu horário de responder.

Por que eu tenho que estar no telefone respondendo agora? Eu posso responder daqui a meia hora.

ON: E eu quero perguntar exatamente sobre isso. Você começa a trabalhar com 12 anos mais ou menos na loja de presentes da sua tia, que também se chamava Luiza, como você. Fica ali até os 17, na época das férias, fica ali trabalhando em todas as frentes. Você multiplicou esse trabalho. Mas de onde vem a energia, Luiza? Que dicas você daria para que as pessoas mantenham essa energia e o cérebro funcionando?

LT: Primeiro é trabalhar, viu, gente? Adorar o trabalho. Não reclamar. Eu nunca falo que eu estou cansada. Os outros é que me falam mais. Quando você faz ginástica, você exercita o cérebro também. E segundo, eu estive com os jovens agora sábado. Aqueles jovens que têm no mundo inteiro fazendo faculdade. E eles estão muito com  jovens de periferia também. E eu adoro estar com eles. Eles me fazem a mesma pergunta. Eu digo para todos. 

Desde menina, Monica, eu tive um propósito de ser protagonista e não espectadora do mundo. Eu queria ser protagonista e você paga um preço. E protagonista, que eu falo, é estar junto. É estar junto com a minha cidade, é fazer e não ver a banda passar. Eu sempre fiz o meu propósito: de ser eu uma das construtoras nessa vida que eu estou. De estar construindo junto com as pessoas. Eu estou junto com o governo, estou junto com a empresa, estou junto com o empreendedorismo. Quando você tem esse propósito maior, não é fácil, porque você não ganha só de um lado. Qualquer opção que você tem, você perde alguma coisa. E eu comecei a trabalhar muito cedo. Na época, minhas amigas não trabalhavam. O pessoal falava ‘Nossa, o que vai ser dos seus filhos?’. Eu tive três filhos em três anos e meio. E, no entanto, são normais. Estão bem. Estão ótimos aí. Como todos. Não estou falando que é melhor que ninguém, mas também não é pior que ninguém. São muito comprometidos e com propósito. Eu acho que o que me segura muito é o meu propósito de vida. Para mim, ele é minha espinha dorsal, quando eu sinto muito dificuldade. A vida não é fácil quando você enfrenta. Aí os outros falam...

Eu fui uma das primeiras mulheres até hoje no varejo. Eu me juntei para montar um grupo só com homens. Na Bolsa (de Valores), eu fui uma das primeiras.

O que eu falo é o seguinte: eu não tenho dó de mim. Agora não, mas quando não me davam muita confiança, eu levantava a mão e dizia: Olha, eu tenho uma ideia feminina aqui que vocês vão gostar, me escutem. Eu não saía de lá. Eu não dizia: Ah, que homem chato! Onde já se viu? Eles não me escutam. Não. Eu saio assim: Eu fiz a minha parte. 

Também não “bato de frente”. Eu digo: me escuta, eu acho que vocês não estão me escutando, eu tenho uma ideia boa, por favor. Eu estou falando antigamente. Então, assim, eu não deixava as pessoas me deixarem de lado. Não deixava.

ON: Como assim, não “bate de frente”?

LT: Eu não fico falando: onde se viu? Você é muito chato. Você que tem que me escutar... Ou o povo está pensando assim... Eu falo: ele não entende o que é ser feminino. Estou falando dentro de mim.  Deixa eu dar um toque aqui porque ele tem que entender que eu sou feminina e que a minha ideia vale.

ON: E está funcionando. Todo mudo está escutando. Felipe, você tem a última pergunta...

ON: Luiza, você sempre pensou na inclusão e na diversidade. Como isso surgiu na sua trajetória profissional. Por que você foi tão pioneira para incluir cor, raça, gênero. De onde veio a motivação para fazer isso?

LT: Eu acho que vem de duas coisas. Uma é de empatia. Eu aprendi muito cedo a ter empatia, a trocar de papel com o outro. No mundo do outro, no mundo do negro, não no meu mundo, no mundo das pessoas que não têm trabalho, no mundo do outro. Eu fiquei muito tempo na ponta e isso me ensinou. E outra, me desculpe, mas eu acho que é um pouco de inteligência global. Se o país é um país tão diverso por que eu vou ter uma empresa que não é diversa? 52% são mulheres. 50 e tantos % são negros no Brasil, mas de 15 milhões são deficientes físicos. 

Como eu vou ter inovação da minha cabeça se e eu não tiver diversidade? Eu não sou tão inteligente, mas eu acho que isso é uma inteligência. Se você não faz por empatia, por oportunidade, que eu acho que é o que me move, faça por inteligência.

Não tem como você não ser hoje diverso.  Não tem como. Não tem como uma cor de pele fazer tanta coisa do jeito que faz. É uma coisa muito inconsciente. Eu tento aumentar o meu nível de consciência todo dia.

Eu nunca falei que eu sou inteligente, mas estou te falando, mas eu acho que é um pouco de inteligência global isso. Se eu quero uma empresa global isso, se eu quero ser diversa, eu tenho que me abrir para escutar aqueles que são diversos. Não tem como. É muito difícil.

Você pode ver que a empresa que não é diversa ela não é tão inovadora. Principalmente no Brasil que é um mais muito diverso. 

ON: E hoje falando para a Organização das Nações Unidas que reúne 193 países-membros com a qual você colabora. E que tem como um de seus valores centrais, a diversidade. Muito obrigada Luiza, muito obrigada Felipe.

LT: Obrigada, gente. E eu queria muito dizer que, aproveitar o trabalho da ONU, nós temos muito que lutar pela paz. Não dá mais para ter essas coisas no mundo inteiro. Eu acho que todos nós temos que ter uma responsabilidade de enfrentar o que nós estamos vivendo e lutar pela paz no mundo.  É muito melhor e passa muito pelo feminino que tem dentro do homem também. Muito obrigada!

O Podcast ONU News retorna em 4 outubro com o subsecretário-geral das Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix.