Necessidade de busca por responsabilização é destaque em publicação do Escritório de Direitos Humanos; base do documento foram relatos de cidadãos que escaparam do país; análise cita possíveis delitos de tortura e encarceramento no sistema prisional comum.
Em comunicado, Nils Melzer diz que veredicto confirma avaliação dele próprio de que ativista e criador do WikiLeaks estaria exposto a “condições de detenção desumanas e degradantes” em solo americano; país informou que apelará da decisão.
Em primeiro relatório, grupo de três especialistas analisou mais de 3 mil casos que comprovam padrões de violações e crimes; governo, agentes do Estado e grupos de apoio ao presidente Nicolás Maduro “cometeram violações flagrantes”; documento diz que presidente e dois ministros “tinham conhecimento dos crimes”.
Em reunião na sede do órgão, em Genebra, alta comissária para o tema Michelle Bachelet contou que apresentará suas conclusões em 23 de setembro; debate geral sobre atualização dos direitos humanos no mundo começou na segunda-feira.
Atos continuam ocorrendo apesar de redução da violência com cessar-fogo declarado em 5 de março; novo relatório, de 25 páginas, lista violência de gênero a meninas e mulheres; Comissão é presidida pelo professor brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.
Jovens são acusados de envolvimento com gangues armadas e terrorismo; veredicto do julgamento, que ocorreu em tribunal militar, será dado nesta segunda-feira; segundo especialistas da ONU, confissões teriam sido obtidas sob “tortura”.
Mais de 50 mil fotos podem ser a evidência de tortura e maus-tratos; grande parte das detenções teriam sido feitas pelo governo sírio; abusos hediondos teriam sido cometidos pelo grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, e por extremistas Hay.
Michelle Bachelet destaca que o capitão da Marinha Rafael Acosta Arévalo teria sido torturado antes de perder a vida no sábado; alta comissária quer esclarecimento da morte e julgamento dos responsáveis.
Em mensagem sobre a data, secretário-geral pede fim desta prática; tortura é crime de direito internacional e uso sistemático e generalizado constitui crime contra a humanidade.
Relatório dá conta de melhorias, mas alerta que há ainda um “longo caminho a percorrer”; incidência de tortura e maus-tratos cai 7%; estudo revela que jovens correm maior risco de sofrer maus-tratos.