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Guterres lembra luta pacifista de Gandhi em Dia Internacional da Não Violência BR

Um busto de Mahatma Gandhi foi inaugurado na sede da ONU em Nova Iorque
UN News/Sachin Gaur
Um busto de Mahatma Gandhi foi inaugurado na sede da ONU em Nova Iorque

Guterres lembra luta pacifista de Gandhi em Dia Internacional da Não Violência

Assuntos da ONU

Secretário-geral afirma que neste momento de tensões crescentes e divisões cada vez mais profundas, mensagem do ex-líder indiano carrega urgência renovada; para Mahatma Ghandi não há caminho para a paz, a paz é o caminho.

Este 2 de outubro é o Dia Internacional da Não Violência.

A data é uma reflexão sobre o legado do ex-líder Mahatma Gandhi que ajudou a Índia a alcançar a independência e se tornou uma inspiração para movimentos de não-violência por direitos civis e mudanças sociais ao redor do mundo.

Missão pacífica e sem ódio

Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que Gandhi tinha um compromisso inabalável com a paz, a verdade e a dignidade para todos.

Ele pregava desobediência civil às leis britânicas como a história Marcha do Sal de 1930, que protestava contra o imposto sobre o sal. Para Gandhi, a luta dos indianos pelo fim do colonialismo tinha de ser pacífica e sem ódio.

O princípio da não violência rejeita o uso da violência física para alcançar mudanças sociais ou políticas.

Embora a não violência seja frequentemente usada como sinônimo de pacifismo, desde meados do século 20, o termo não violência tem sido adotado por muitos movimentos de mudança social que não se concentram na oposição à guerra.

Violência substituindo diálogo

O conceito tem três categorias principais da ação não violenta: protesto e persuasão incluindo vigílias e marchas, a não cooperação ou se negar a fazer algo e a intervenção sem violência como ocupações e bloqueios.

Para Guterres, o ex-líder indiano Mahatma Gandhi transformou esses ideais em sua forma de vida.  O secretário-geral da ONU lembra que o mundo está testemunhando uma erosão preocupante da humanidade compartilhada.

Ele citou que a violência está substituindo o diálogo. Os civis estão sofrendo o impacto do conflito. O direito internacional está sendo desrespeitado. Os direitos humanos estão sendo pisoteados. E os alicerces da paz estão sob pressão.

Guterres lembra que a não violência não é uma arma dos fracos, mas sim a força dos corajosos.