ONU condena ataque à igreja nos Estados Unidos apelando para união contra ódio
Alto representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Unaoc, manifestou-se chocado com atentado que matou pelo menos quatro pessoas; homem entrou com veículo na hora do culto na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no estado de Michigan.
As Nações Unidas condenaram um atentado contra uma igreja mórmon, nos Estados Unidos, que matou pelo menos quatro pessoas e deixou oito feridas.
O ataque ocorreu, no domingo, quando um homem armado invadiu com um caminhão a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, na cidade de Grand Blanc, no estado de Michigan, na hora do culto. O templo pegou fogo, logo em seguida, e o autor do crime se matou.
Rejeição à intolerância e ao extremismo
Em nota, o alto representante da Aliança das Civilizações, Miguel Ángel Moratinos, afirmou que “os locais de culto são santuários sagrados, espaços onde as pessoas procuram paz”, reforçando que “atos de ódio e violência são absolutamente inaceitáveis e não podem ser justificados em circunstância alguma”.
Ele afirmou que esses ataques “minam a coesão e a segurança de toda a comunidade”.
Moratinos pediu união no combate ao ódio, à violência e ao extremismo em todas as suas formas, reiterando o compromisso da Unaoc em promover o respeito mútuo, a harmonia inter-religiosa e a coesão social.
Proteção de locais de culto
O alto representante da ONU insistiu ainda na necessidade urgente de reforçar a proteção de todos os locais de culto e comunidades religiosas, “independentemente da fé ou denominação”.
Miguel Ángel Moratinos enviou suas condolências à comunidade da cidade de Grand Blanc, solidariedade às famílias enlutadas e desejou pronta recuperação aos feridos.
Prioridade global
Em nota divulgada também nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se “chocado” com o ataque.
Ele condenou fortemente o crime e expressou solidariedade às famílias das vítimas e à comunidade de Grand Blanc.
Guterres destacou que “a violência contra locais de culto atinge o coração das comunidades” e reafirmou que a proteção destes espaços deve ser uma prioridade global.