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Amina Mohammed sugere sistemas onde os benefícios da ciência sejam compartilhados de forma justa e equitativa

ONU pede equilíbrio entre incentivo a criatividade e difusão simples da tecnologia

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Amina Mohammed sugere sistemas onde os benefícios da ciência sejam compartilhados de forma justa e equitativa

ONU pede equilíbrio entre incentivo a criatividade e difusão simples da tecnologia

Desenvolvimento econômico

Vice-secretária-geral Amina Mohammed abriu a conferência “Pensando em Propriedade Industrial, Sustentabilidade e o Futuro do Planeta”; ela defendeu que apoio às economias menos desenvolvidas deve ser prioridade.

Portugal acolhe a partir desta segunda-feira a conferência “Pensando em Propriedade Industrial, Sustentabilidade e o Futuro do Planeta”. A abertura do evento contou com a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed.

A vice-secretária-geral enfatizou o poder da inovação e da ciência pelo futuro global, na sessão que teve pronunciamentos do diretor-geral da Organização Internacional para a Propriedade Intelectual, Ompi, Daren Tang, e do secretário de Estado da Presidência de Portugal, André Moz Caldas.

Potencial de tecnologias inovadoras

Para a vice-chefe da ONU, o mundo deve aproveitar o poder da propriedade industrial e liberar o potencial de tecnologias inovadoras, promover o crescimento inclusivo e alcançar maior igualdade.

 Um monitor exibe o código do computador
Unsplash/RoonZ nl
Um monitor exibe o código do computador

A primeira recomendação nesse sentido é que se crie sistemas onde os benefícios da ciência sejam compartilhados de forma justa e equitativa. Em segundo lugar, ela disse que os ecossistemas de ciência e inovação devem se tornar mais inclusivos e representativos quebrando as atuais barreiras.

Em terceiro lugar, defendeu uma aproximação entre a comunidade científica, os políticos com poder de decisão e o setor privado, apelando que possam atuar em conjunto. Por último, Mohammed pediu um equilíbrio entre o estímulo a criatividade e a difusão facilitada da tecnologia. 

Países menos desenvolvidos

A vice-secretária-geral também pediu urgência nas transferências de tecnologias ecológicas e de descarbonização, para estratégias de adaptação e mitigação do clima. Nesses processos, ela pediu que os países menos desenvolvidos tenham precedência “como uma questão de justiça e de interesse”.

Mohammed ressaltou que o grupo de economias representa 1% do total de emissões de CO2, mas sofreu quase 70% das mortes causadas por desastres climáticos nos últimos 50 anos no mundo.