Mais de 500 mil moçambicanos precisam de ajuda alimentar após ciclone Freddy
PMA revela que tempestade de maior duração atingiu 550 mil hectares de terras agrícolas; áreas com crise alimentar foram as que perderam potencial de produção após ciclone danificar colheitas.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, quer chegar a 541 mil sobreviventes do ciclone Freddy, em Moçambique. A operação carece de US$ 26,7 milhões.
Mais de 550 mil hectares de terras agrícolas foram atingidos pela crise que coincidiu com o início da principal temporada de colheita. No país, a tempestade matou 183 pessoas e danificou 283 mil casas.
Potencial de produção
A agência da ONU destaca que muitas vítimas, que já enfrentavam altos níveis de fome, perderam seu potencial de produção com a passagem do Freddy. O desastre natural levou à destruição de estoques de alimentos.

Esta realidade é mais preocupante em áreas com crise de insegurança alimentar e nutricional, agora agravada pela passagem da tempestade.
Neste momento, vários afetados vivem sem apoio essencial nem alternativas para atender as suas necessidades básicas.
A situação levou o PMA a ampliar o volume de assistência no Plano de Resposta Humanitária para 2023, em apoio aos esforços liderados pelo governo.
Comunidade humanitária
Com o montante, a meta é permitir que a população receba auxílio alimentar e nutricional de emergência, bem como serviços logísticos cruciais para a comunidade humanitária.
O ciclone Freddy foi o de maior duração e o quarto atravessando o Oceano Índico de leste a oeste. A tempestade atingiu a costa de Madagáscar em 21 de fevereiro, antes de seguir pelo Canal de Moçambique até a costa moçambicana.
Em 1º de março, o mau tempo retornou a Madagascar e pela segunda vez fustigou Moçambique acompanhado por chuvas fortes, inundações e deslizamentos de terra.