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Mais de 500 mil moçambicanos precisam de ajuda alimentar após ciclone Freddy

Ciclone Freddy foi o de maior duração e o quarto atravessando o Oceano Índico de leste a oeste
© Unicef/Alfredo Zuniga
Ciclone Freddy foi o de maior duração e o quarto atravessando o Oceano Índico de leste a oeste

Mais de 500 mil moçambicanos precisam de ajuda alimentar após ciclone Freddy

Ajuda humanitária

PMA revela que tempestade de maior duração atingiu 550 mil hectares de terras agrícolas; áreas com crise alimentar foram as que perderam potencial de produção após ciclone danificar colheitas.

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, quer chegar a 541 mil sobreviventes do ciclone Freddy, em Moçambique. A operação carece de US$ 26,7 milhões.

Mais de 550 mil hectares de terras agrícolas foram atingidos pela crise que coincidiu com o início da principal temporada de colheita. No país, a tempestade matou 183 pessoas e danificou 283 mil casas.

Potencial de produção

A agência da ONU destaca que muitas vítimas, que já enfrentavam altos níveis de fome, perderam seu potencial de produção com a passagem do Freddy. O desastre natural levou à destruição de estoques de alimentos.

PMA quer permitir que a população receba auxílio alimentar e nutricional de emergência
© UNICEF/Claudio Fauvrelle
PMA quer permitir que a população receba auxílio alimentar e nutricional de emergência

Esta realidade é mais preocupante em áreas com crise de insegurança alimentar e nutricional, agora agravada pela passagem da tempestade.

Neste momento, vários afetados vivem sem apoio essencial nem alternativas para atender as suas necessidades básicas.

A situação levou o PMA a ampliar o volume de assistência no Plano de Resposta Humanitária para 2023, em apoio aos esforços liderados pelo governo.

Comunidade humanitária

Com o montante, a meta é permitir que a população receba auxílio alimentar e nutricional de emergência, bem como serviços logísticos cruciais para a comunidade humanitária.

O ciclone Freddy foi o de maior duração e o quarto atravessando o Oceano Índico de leste a oeste. A tempestade atingiu a costa de Madagáscar em 21 de fevereiro, antes de seguir pelo Canal de Moçambique até a costa moçambicana.

Em 1º de março, o mau tempo retornou a Madagascar e pela segunda vez fustigou Moçambique acompanhado por chuvas fortes, inundações e deslizamentos de terra.