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Assembleia Geral aprova resolução que pede fim da guerra na Ucrânia

Assembleia Geral Adota Resolução sobre Paz Justa e Duradoura na Ucrânia
UN Photo/Loey Felipe
Assembleia Geral Adota Resolução sobre Paz Justa e Duradoura na Ucrânia

Assembleia Geral aprova resolução que pede fim da guerra na Ucrânia

Paz e segurança

Na véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia completar um ano, 141 Estados-membros da ONU endossam texto requerendo uma paz “justa e duradoura”; entre as sete abstenções estão China, Índia, Moçambique e Angola.

A Assembleia Geral adotou nesta quinta-feira uma resolução pedindo fim da guerra na Ucrânia. O texto, que foi à votação um dia antes do conflito completar um ano, teve 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções.

Entre os que se abstiveram estão China, Índia, Moçambique e Angola. Os países que votaram contra o texto são Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Síria, Mali, Eritreia e Nicarágua.

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Consequências humanitárias

A resolução pede às partes do conflito e à comunidade internacional que busquem formas de mediar a paz, destacando que acabar com a guerra fortaleceria a paz e segurança internacionais

A resolução também pede que a Rússia retire suas tropas do território ucraniano e deplora as consequências humanitárias causadas pela agressão russa contra Ucrânia, ressaltando os ataques às infraestruturas civis e o crescente número de vítimas.

O documento reafirma o compromisso com a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente.

Crises causadas pela guerra

A resolução aponta os efeitos da guerra na segurança alimentar, energética e nuclear, pedindo uma solução imediata em conformidade com os princípios previstos na Carta da ONU. As provisões também querem que os atores de crimes de guerra enfrentem processos internacionais.

Representantes de mais de 75 países se dirigiram à Assembleia Geral durante dois dias de debate. Na abertura da sessão, o secretário-geral da ONU destacou os efeitos da guerra, lembrando que 40% dos ucranianos precisam de ajuda humanitária e que a violência já deixou 8 mil mortos.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança também se reúne para debater o conflito.

Uma mulher está em sua casa danificada depois que um míssil atingiu seu complexo de apartamentos na Ucrânia.
© Unocha/Matteo Minasi
Uma mulher está em sua casa danificada depois que um míssil atingiu seu complexo de apartamentos na Ucrânia.

Solicitação de emendas

Na sessão da Assembleia Geral foram avaliadas duas propostas de emendas enviadas por Belarus, que não obtiveram os votos mínimos para aprovação.

O texto rejeitado retirava as disposições responsabilizando a Rússia pelo início do conflito e pedindo a retirada das tropas russas o mais rápido possível.

As mudanças previam a resolução pacífica do conflito e a proibição do fornecimento de armas à Ucrânia.

As resoluções da Assembleia Geral não são vinculativas e nenhum Estado-membro possui direito a veto no órgão.