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Crianças passam por edifícios danificados em Benghazi, na Líbia.

Chefe da ONU pede urgência em vontade política para estabilizar a Líbia

© Unocha/Giles Clarke
Crianças passam por edifícios danificados em Benghazi, na Líbia.

Chefe da ONU pede urgência em vontade política para estabilizar a Líbia

Paz e segurança

Secretário-geral António Guterres participa de reuniões com líderes da região na União Africana; crises da Líbia, do Sahel e da RD Congo foram alguns dos destaques nesta sexta-feira.

O líder das Nações Unidas participa, nesta sexta-feira, da sessão de abertura do Comitê de Alto Nível da União Africana, antes de discursar em assembleia que recebe chefes de Estado e governo em Addis Abeba, capital da Etiópia.

António Guterres pediu urgência para assegurar o direito do povo da Líbia “de viver em paz, participar em eleições livres e justas e compartilhar a prosperidade”. 

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Vontade política

Segundo ele, para alcançar essa meta é preciso romper o longo impasse político e alcançar o progresso em diversas frentes na Líbia.

Em dezembro de 2021, o país árabe adiou eleições legislativas e presidenciais devido a disputas legais, entre outros motivos.

O chefe da ONU pediu avanços para realizar a votação, para alcançar segurança e reconciliação nacional além de garantir os direitos humanos.

A costa da Líbia é ponto de trânsito de migrantes, refugiados e requerentes de asilo que “continuam a sofrer graves abusos com impunidade” ao tentar cruzar o Mar Mediterrâneo.

Ao serem enviados à Líbia, eles são “detidos em condições desumanas e degradantes” e milhares acabam desaparecendo.

Desenvolvimento

Na capital etíope, Guterres elogiou a liderança e o compromisso da União Africana com a paz e o desenvolvimento no continente.

Neste primeiro dia da visita, ele manteve reuniões separadas com o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, e com os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e do Burundi, Evariste Ndayishimiye.

Antes do pronunciamento na Cimeira da União Africana, Guterres participará em sessões fechadas sobre o Sahel e a situação no leste da República Democrática do Congo.