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Produtos médicos traficados matam 267 mil pessoas, por ano, na África Subsaariana

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, lançou um relatório sobre tráfico de produtos médicos traficados na região africana do Sahel.
© UNFPA Ethiopia/Paula Seijo
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, lançou um relatório sobre tráfico de produtos médicos traficados na região africana do Sahel.

Produtos médicos traficados matam 267 mil pessoas, por ano, na África Subsaariana

Saúde

Entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021, pelo menos 605 toneladas de itens ilegais foram apreendidas na África Ocidental; remédios falsificados despertam grande preocupação.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, lançou um relatório sobre tráfico de produtos médicos traficados na região africana do Sahel.

Somente na África Subsaariana, cerca de 267 mil mortes estão ligadas a medicamentos contra malária falsificados ou de qualidade inferior. Até 169.271 são causadas por antibióticos falsos e abaixo do padrão usados para tratar pneumonia grave em crianças.

O tráfico de produtos médicos tem um impacto econômico direto. A Organização Mundial da Saúde, OMS, o custo de cuidar de pessoas que usam esses produtos contra a malária, por exemplo, varia de US$ 12 milhões a US$ 44,7 milhões por ano, na África Subsaari…
© PMA/Cheick Omar Bandaogo
O tráfico de produtos médicos tem um impacto econômico direto. A Organização Mundial da Saúde, OMS, o custo de cuidar de pessoas que usam esses produtos contra a malária, por exemplo, varia de US$ 12 milhões a US$ 44,7 milhões por ano, na África Subsaariana.

Economias impactadas

O tráfico de produtos médicos tem um impacto econômico direto. A Organização Mundial da Saúde, OMS, o custo de cuidar de pessoas que usam esses produtos contra a malária, por exemplo, varia de US$ 12 milhões a US$ 44,7 milhões por ano, na África Subsaariana.

Nos países do Sahel e seus vizinhos, a alta prevalência de doenças infecciosas, incluindo a malária, a falta de acesso e oferta nos cuidados de saúde levam as pessoas a lançaram mão de canais informais e perigosos.

A desigualdade entre a demanda e a oferta de produtos farmacêuticos regulamentados abre espaço para o tráfico, incentiva o envolvimento de grupos criminosos organizados e alimenta a ameaça contínua à segurança e saúde pública nos países do Sahel.
Ocha/Otto Bakano
A desigualdade entre a demanda e a oferta de produtos farmacêuticos regulamentados abre espaço para o tráfico, incentiva o envolvimento de grupos criminosos organizados e alimenta a ameaça contínua à segurança e saúde pública nos países do Sahel.

Falta de medicamentos

A desigualdade entre a demanda e a oferta de produtos farmacêuticos regulamentados abre espaço para o tráfico, incentiva o envolvimento de grupos criminosos organizados e alimenta a ameaça contínua à segurança e saúde pública nos países do Sahel.

Entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021, pelo menos 605 toneladas de diferentes produtos médicos foram apreendidas na África Ocidental durante operações internacionais.

Os produtos médicos geralmente chegam ao seu destino por meio dos principais canais de comércio internacional.

Uma vez na África Ocidental, os produtos médicos traficados chegam aos países do Sahel por meio de contrabandistas que seguem as principais rotas tradicionais de tráfico usando ônibus, caminhões e carros particulares.
© OMS/Etinosa Yvonne
Uma vez na África Ocidental, os produtos médicos traficados chegam aos países do Sahel por meio de contrabandistas que seguem as principais rotas tradicionais de tráfico usando ônibus, caminhões e carros particulares.

Evitar controle nas fronteiras

Aproximadamente 80% de todo o comércio global em volume e mais de 70% do comércio global em valor são transportados por via marítima.

Uma vez na África Ocidental, os produtos médicos traficados chegam aos países do Sahel por meio de contrabandistas que seguem as principais rotas tradicionais de tráfico usando ônibus, caminhões e carros particulares.

Devido à familiaridade única com o terreno, os contrabandistas também seguem rotas secundárias para evitar os controles de fronteira.