FAO quer América Latina e Caribe na vanguarda da alimentação e da agricultura
Diretor-geral da agência aponta áreas prioritárias de ação para líderes da região; Qu Dongyu participou da 7ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe, Celac, na Argentina.
A América Latina e o Caribe devem aumentar os esforços para enfrentar os crescentes índices de fome e desigualdade na região. A declaração é do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO.
Qu Dongyu discursou num encontro em Buenos Aires, que contou com a presença do novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Para a FAO, esse papel colocaria a região “na vanguarda da alimentação e agricultura globais”.
O diretor-geral da @FAO, Qu Dongyu, se reuniu com o presidente do #Brasil Luiz Inácio Lula da Silva para falar sobre a nova cooperação da agência com o país.
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ONUNews
União para combater a desigualdade
O chefe da FAO participou da 7ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe, Celac, em Buenos Aires, na Argentina.
Ele assinará várias cartas de intenção para realizar projetos e disse que as “instituições multilaterais precisam ser inovadoras”.
Qu Dongyu destacou a necessidade de expandir a oferta de alimentos no Caribe, onde dietas saudáveis são caras, investindo em infraestrutura de água e iniciativas de produção de alimentos na América Central.
Um estudo da FAO revela que América Latina e Caribe são a região mais cara para manter uma dieta saudável.
Ele propôs um melhor intercâmbio de alimentos entre os países da região andina e um amplo programa regional de infraestrutura para produção, armazenamento e transporte de alimentos facilitando o comércio intrarregional e as exportações.
Covid-19
Ao lembra da Covid-19 e do valor da cooperação internacional, Qu Dongyu ressaltou que “as medidas tomadas em um país afetam todos os outros.”
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, destacou que a América é o continente mais desigual do mundo e que, “de uma vez por todas, é preciso empreender um processo que conduza à igualdade”.
Segundo a FAO, a América Latina e o Caribe foram uma região com desempenho superior em termos de redução da fome e da pobreza na década até 2015. No entanto, apesar de ser a maior exportadora de alimentos do mundo, tem enfrentado grandes crises ultimamente.

Desaceleração econômica
Entre 2019 e 2021, o número de pessoas com fome aumentou 30%, para 56,5 milhões, enquanto os que vivem na pobreza também aumentaram.
Embora o Índice de Preços de Alimentos da FAO tenha caído, oferecendo alguma trégua, a recuperação ainda não foi estabelecida e mais desafios são inevitáveis, com sistemas agroalimentares mundiais operando sob riscos e incertezas, incluindo consequências da crise climática e da desaceleração econômica.
A Celac é um mecanismo intergovernamental de diálogo e acordo político destinado a apoiar programas de integração regional e é composto por 33 países, dentre eles o Brasil, que abrigam cerca de 600 milhões de pessoas.