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Covid-19: OMS sem dados suficientes para análise completa dos riscos de um surto na China

Agências de notícias relatam um aumento de infectados após a suspensão da política de Covid-zero
Man Aihua
Agências de notícias relatam um aumento de infectados após a suspensão da política de Covid-zero

Covid-19: OMS sem dados suficientes para análise completa dos riscos de um surto na China

Saúde

Com celebrações do Ano Novo Lunar chinês começando em 21 de janeiro, agência das Nações Unidas confirma atuação conjunta para resolver a questão.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou esta terça-feira que atua com a China para gerenciar os riscos de um possível aumento de infeções por Covid-19.

Para a agência, a falta de dados continua marcando a resposta nacional quando as pessoas viajam para as comemorações do Ano Novo Lunar, com início em 21 de janeiro. No período anterior à crise, as festividades eram tidas como a maior migração anual de pessoas em nível global.

Aumento de infectados

A OMS ainda não tem informações suficientes para fazer uma avaliação completa dos perigos de um surto. Agências de notícias relatam um aumento de infectados após a suspensão da política de Covid-zero, que ocorreu em dezembro.

Na atuação entre as duas partes, um dos temas abordados é mitigar os riscos de viagens antes do feriado.

Características genéticas e estimativas da taxa de crescimento inicial do XBB.1.5 faziam prever uma subida de casos
OMS/Nana Kofi Acquah
Características genéticas e estimativas da taxa de crescimento inicial do XBB.1.5 faziam prever uma subida de casos

 

A líder técnica para doenças emergentes e zoonoses, Maria Van Kerkhove, disse haver algumas lacunas de informações muito importantes, para as quais se está trabalhando com a China para as preencher.

Em entrevista a jornalistas, de Genebra, outra questão abordada foi  um aumento nos casos dos Estados Unidos. A agência prometeu publicar em breve uma avaliação de risco da subvariante ȏmicron XBB.1.5.

Subida de casos

Na semana passada, especialistas da comissão técnica sobre o vírus disseram que a maioria dessas sequências era observada em território norte-americano, com 82,2%. A seguir estavam o Reino Unido com 8,1% e a Dinamarca com 2,2%.

Para o grupo, as características genéticas e estimativas da taxa de crescimento inicial do XBB.1.5 faziam prever uma subida de casos, na sua maioria nos Estados Unidos.

Na coletiva, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, elogiou a “transparência radical” do país seus dados sobre a disseminação da variante, uma das questões que levaram ao não apoio a medidas para monitorar os viajantes chegando ao território americano.

OMS defendeu que mais ajuda internacional para acesso à cobertura universal de saúde
Natanael Melchor/Unsplash
OMS defendeu que mais ajuda internacional para acesso à cobertura universal de saúde

Ele considera  medidas semelhantes tomadas por alguns países para viajantes são compreensíveis  China, incluindo testes de Covid-19 e monitoramento de águas residuais. E explicou que não se podem comparar essas duas situações”.

Cobertura universal de saúde

No início da sessão, o diretor-geral da OMS defendeu que mais ajuda internacional para que se possa alcançar a estratégia da agência que estabelece três metas de apoio aos países em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Com as interrupções nos serviços de saúde durante a pandemia estima-se que um total de 840 milhões ficaram sem acesso à cobertura universal de saúde, mais 110 milhões do que se previa até o final de 2023.

A meta global previa que até o fim deste ano, mais 1 bilhão de pessoas tivessem cobertura universal de saúde, mais 1 bilhão com proteção melhorada para emergências e mais 1 bilhão com melhor saúde e bem-estar.