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Conselho de Direitos Humanos nomeia três mulheres para Comissão sobre Irã

Três mulheres foram nomeadas para integrar a Comissão de Apuração dos Fatos sobre o Irã, formada pelo Conselho de Direitos Humanos.
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Três mulheres foram nomeadas para integrar a Comissão de Apuração dos Fatos sobre o Irã, formada pelo Conselho de Direitos Humanos.

Conselho de Direitos Humanos nomeia três mulheres para Comissão sobre Irã

Direitos humanos

Especialistas investigarão alegações de violações dos direitos humanos na República Islâmica do Irã relacionadas a protestos de rua que começaram em 16 de setembro após a morte da jovem iraniana Mahsa Amini, presa pela Polícia da Moralidade do país “por não usar corretamente o véu”.

Três mulheres foram nomeadas para integrar a Comissão de Apuração dos Fatos sobre o Irã, formada pelo Conselho de Direitos Humanos.

O anúncio foi feito pelo presidente do órgão, o embaixador Federico Villegas, em Genebra, sede do Conselho.

As manifestações começaram em meados de setembro após a morte, sob custódia do Estado, da jovem Mahsa Amini, de 22 anos.
Unsplash/Artin Bakhan
As manifestações começaram em meados de setembro após a morte, sob custódia do Estado, da jovem Mahsa Amini, de 22 anos.

Peritas são de Bangladesh, Paquistão e Argentina

O grupo será presidido por Sara Hossain, de Bangladesh. Participam ainda Shaheen Sardar Ali, do Paquistão, e Viviana Krsticevic, da Argentina.

As três atuarão com membros independentes da comissão de investigação para apurar se houve violações dos direitos humanos durante os protestos de rua do Irã, principalmente contra meninas e mulheres.

As manifestações começaram em meados de setembro após a morte, sob custódia do Estado, da jovem Mahsa Amini, de 22 anos.

Manifestantes se reúnem em Estocolmo, na Suécia, após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da chamada polícia moral do Irã.
Unsplash/Artin Bakhan
Manifestantes se reúnem em Estocolmo, na Suécia, após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da chamada polícia moral do Irã.

Uso desproporcional da força

Ela morreu dias após ser presa pela Polícia da Moralidade por não estar usando corretamente o véu.

A Comissão de Apuração dos Fatos sobre o Irã foi aprovada em 24 de novembro por uma resolução do Conselho de Direitos Humanos.

Desde a morte de Amini, milhares de iranianos, a maioria mulheres, saíram às ruas para protestar. A utilização da força desproporcional por tropas do governo foi criticada por vários atores da comunidade internacional.

Nesta segunda-feira, numa entrevista de fim de ano a jornalistas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o que está ocorrendo no Irã “é completamente inaceitável”.
ONU/Mark Garten
Nesta segunda-feira, numa entrevista de fim de ano a jornalistas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o que está ocorrendo no Irã “é completamente inaceitável”.

Guterres diz que situação é “completamente inaceitável”

Nesta segunda-feira, numa entrevista de fim de ano a jornalistas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o que está ocorrendo no Irã “é completamente inaceitável”.

Segundo agências de notícias, a atriz iraniana Taraneh Alidoosti foi presa após defender os protestos.

Já o jogador da seleção iraniana de futebol, Amir Nasr-Azadan estaria correndo o risco de ser executado no país após defender os direitos das mulheres de protestar, no Irã.