Perspectiva Global Reportagens Humanas

ONU marca Dia Mundial contra abuso e violência sexual infantil pela primeira vez

Crianças e mulheres permanecem altamente vulneráveis ao tráfico na Ásia e no Oriente Médio.
© Unicef/Shehzad Noorani
Crianças e mulheres permanecem altamente vulneráveis ao tráfico na Ásia e no Oriente Médio.

ONU marca Dia Mundial contra abuso e violência sexual infantil pela primeira vez

Legislação e prevenção de crimes

Data foi aprovada pela Assembleia Geral em novembro; resolução foi patrocinada por Serra Leoa e texto apresentado pela primeira-dama do país, Fatima Maada Bio; data quer aumentar a consciência para questão e promover o fim de abusos contra crianças, previstos também na Agenda 2030.

Neste 18 de novembro, as Nações Unidas marcam pela primeira vez o Dia Mundial para a Prevenção e Cura da Exploração, Abuso e Violência Sexual Infantil. A data foi aprovada pela Assembleia Geral neste mês, com uma resolução proposta por Serra Leoa.

Quem apresentou o texto foi a primeira-dama do país, Fatima Maada Bio. Em seu discurso ao órgão da ONU, ela disse que os casos de abuso sexual infantil contribuem, para a carga global de doenças e afetam o desenvolvimento econômico e social, especialmente nos países em desenvolvimento.

Crianças deslocadas em Cabo Delgado, Moçambique.
© Unicef/Daniel Timme
Crianças deslocadas em Cabo Delgado, Moçambique.

Abuso infantil

Na data, a ONU deve enfatizar a necessidade de prevenção dos crimes e atuar para que os responsáveis pelos atos sejam levados à justiça, bem como para que as vítimas tenham voz como parte do longo processo de cura.

A primeira-dama de Serra Leoa expressou esperança de que a celebração aumente a conscientização sobre o abuso sexual infantil, mobilize governos e sociedade civil para promover a compreensão, agir e ajudar a eliminar a vergonha e o estigma.

A resolução que proclama a data lembra que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável coloca a dignidade das crianças e seu direito de viver livre de violência como uma prioridade.

A agenda global prevê o fim de práticas como exploração, abuso, tráfico, tortura e todas as formas de violência contra crianças, bem como o casamento infantil, precoce e forçado e a mutilação genital feminina, que colocam as crianças em risco de sofrer exploração, abuso e violência sexual infantil.