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Em Dia Internacional da Menina, Nações Unidas celebram conquistas

Guterres mencionou ainda a exclusão escolar das meninas no Afeganistão pelo Talibã
© Unicef/Shehzad Noorani
Guterres mencionou ainda a exclusão escolar das meninas no Afeganistão pelo Talibã

Em Dia Internacional da Menina, Nações Unidas celebram conquistas

Mulheres

Data é assinalada pelo 10º ano com apelos em favor da união e maior investimento em direitos humanos; segundo Unicef, 600 milhões de adolescentes no mundo precisam de apoio; Unesco pede atmosfera que impulsione sucesso das meninas. do abandono escolar, em particular gravidezes

Neste 11 de Outubro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional da Menina. O secretário-geral pediu mais esforços dos países para garantir que, em todo o lado, elas estejam saudáveis, instruídas e vivendo em segurança.

Este ano assinala a 10ª. celebração da data proclamada para reconhecer os direitos e os desafios específicos do grupo. A resolução da Assembleia Geral chama a atenção para a necessidade de se encarar os desafios e promover o empoderamento e os direitos humanos delas.

Conquistas e atenção global

Na 4ª Conferência Mundial da ONU sobre a Mulher, em Pequim, foi adotado um posicionamento unânime chamando a atenção global em particular aos direitos das meninas. Foi em 1995 na Declaração e Plataforma de Ação de Pequim.

 

A mensagem de António Guterres ressalta que o Dia da Menina celebra vidas e conquistas das meninas do mundo inteiro.

Para o chefe da ONU, quando as meninas têm consciência dos seus direitos humanos, elas avançam o seu potencial de um mundo melhor para si, suas comunidades e sociedades. Com acesso à educação, elas têm maior probabilidade de levar uma vida mais saudável, produtiva e gratificante com cuidados de saúde apropriados, crescendo com mais autoconfiança e autonomia em relação ao seu corpo.

Guterres enfatiza que um melhor entendimento de seus direitos, incluindo o de viver sem a ameaça de violência, dá maior probabilidade de meninas estarem em segurança e de denunciarem abusos.

Cooperar de forma plena e igualitária

O líder das Nações Unidas sugere que o mundo revigore o compromisso de trabalhar em conjunto e invista para que as meninas exerçam e desfrutem seus direitos, e possam cooperar de forma plena e igualitária em comunidades e sociedades.

Em todo o mundo, existem 600 milhões de adolescentes
© Unfpa Burkina Faso/Théo

O secretário-geral indicou que a educação do grupo pode ter acabado por causa da pandemia e várias podem ter sido forçadas a sair de suas casas devido a conflitos ou impedidas de exercer seus direitos sexuais e reprodutivos.

Guterres mencionou ainda a exclusão escolar das meninas no Afeganistão pelo Talibã. Ele expressou sua extrema preocupação dizendo que é “extremamente prejudicial” para elas e para o país.

Em todo o mundo, existem 600 milhões de adolescentes para as quais a Fundo da ONU para a Infância, Unicef, pede que o mundo estimule as habilidades e oportunidades. A agência destaca que estas devem ser agentes de mudança pelo avanço de comunidades.

Mais de 10 milhões de casamentos precoces

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Audrey Azoulay, defendeu que meninas estão prontas para uma década em que acelere sua liderança e potencial.

A Unesco estima que o fechamento escolar possa levar a mais 10 milhões de casamentos precoces nos próximos 10 anos.

Para dotar as meninas das ferramentas certas e criar ambiente para seu sucesso, ela disse que o mundo precisa atuar em três frentes: políticas públicas certas, combate às causas