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ONU preparada para assistir em diálogos de paz entre Colômbia e ELN

Crianças colombianas em aula
Foto: UNESCO/Ministério da Educação, Colômbia
Crianças colombianas em aula

ONU preparada para assistir em diálogos de paz entre Colômbia e ELN

Paz e segurança

Em nota, secretário-geral António Guterres elogiou a decisão anunciada pelo governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional, ELN, de retomarem conversações; ele agradeceu a disposição de Cuba, Noruega e Venezuela de atuarem com avalizadores do processo.

As Nações Unidas estão preparadas para assistir, se necessário, nos diálogos de paz anunciados por Colômbia e pelo grupo rebelde Exército de Libertação Nacional, ELN.

A declaração foi dada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, numa nota emitida logo após o anúncio da retomada das conversações entre ambas as partes.

Participação da sociedade civil na paz

Guterres disse que a ONU pode ajudar por meio de seu representante especial na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu.

O líder das Nações Unidas pediu aos dois lados que aproveitem a oportunidade para acabar com o conflito que já dura décadas no país. Para Guterres, a resolução do confronto é fundamental para expandir o lastro da paz na Colômbia.

António Guterres
UN Photo/Evan Schneider
António Guterres

Ele falou ainda da importância dada à participação da sociedade civil na construção da paz. E agradeceu a Cuba, Noruega e Venezuela por servirem como países avalizadores do processo.

Para o chefe das Nações Unidas, os colombianos poderão demonstrar, mais uma vez, que os conflitos mais difíceis podem ser resolvidos pelo diálogo.

Proteção de pessoas vulneráveis e direitos humanos

Em 2015, a Colômbia firmou acordos de paz com um outro grupo rebelde, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc-EP.

António Guterres afirmou que o governo do novo presidente colombiano, Gustavo Petro, prioriza o diálogo e a paz colocando a proteção das pessoas vulneráveis e os direitos humanos no centro de suas estratégias de segurança.

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro na Assembleia Geral
UN Photo/Cia Pak

Um relatório sobre a situação política na Colômbia desde a assinatura dos acordos, indica que alguns desafios permanecem colocando em perigo a reintegração de ex-combatentes.

Somente entre junho e setembro desde ano, 15 homens foram assassinados fazendo desse julho um dos mais letais desde 2019.