Com fim de surto de ebola na RD Congo, Uganda sobe resposta contra doença BR

Nação africana já confirma 18 casos e 23 mortes; segundo Organização Mundial da Saúde, OMS, 399 contatos foram identificados e estão sendo monitorados; não há vacinas eficazes para o tipo de vírus mapeado no país.
A República Democrática do Congo declarou o fim de um surto de ebola que ressurgiu há seis semanas na província de Kivu do Norte. Ao mesmo tempo a vizinha Uganda corre para conter o aumento dos casos da doença.
Com apenas uma notificação confirmada, o surto recém-terminado foi um dos menos catastróficos da RD Congo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, os casos foram causados pelo Zaire ebolavirus, uma das seis espécies do gênero ebola.
Já Uganda está lutando contra um surto em rápida evolução do vírus ebola do Sudão, com 36 casos, com a metade já confirmada, e 23 mortes relatadas até 25 de setembro.
Na falta de vacinas e cuidados licenciados para a prevenção e tratamento da doença do vírus do Sudão, o risco de um potencial impacto sério na saúde pública no país é alto. A OMS adiciona que a epidemia poderia ter começado três semanas antes do aparecimento do primeiro caso.
A diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, afirma que a RD Congo acumulou uma experiência impressionante no controle do vírus e pode reunir as lições aprendidas para combater o surto de ebola em Uganda.
Ela adiciona que embora ainda não esteja disponível uma vacina eficaz para o vírus do Sudão, os imunizantes são apenas uma das ferramentas disponíveis. Moeti aponta o rastreamento robusto de contatos, detecção, isolamento de casos e bons cuidados de suporte como outras ações possíveis.
Em Uganda, o surto de ebolavírus no Sudão já afetou três distritos: Mubende, Kyegegwa e Kassanda. De acordo com dados da OMS, até agora, 399 contatos foram identificados e estão sendo monitorados enquanto a busca continua para identificar outras pessoas que possam estar em risco.
A OMS está apoiando Uganda para melhorar a prontidão nos distritos de saúde que não relataram nenhum caso de ebola, aproveitando os esforços de preparação anteriores e fornecendo treinamentos de atualização para médicos em vigilância, detecção e gerenciamento de casos.
A agência da ONU está fortalecendo a prevenção e controle de infecções nas instalações sanitárias e está apoiando exercícios de simulação em distritos de alto risco.
Além disso, a OMS está ajudando equipes de resposta rápida em países vizinhos a fortalecer a investigação de casos, rastreamento de contatos e trabalho com comunidades, além de pré-posicionar equipamentos e suprimentos médicos críticos, incluindo equipamentos de proteção individual em países de alto risco.