ONU pede libertação dos soldados marfinenses detidos em Bamako, Mali
Grupo de 49 integrantes está preso há mais de dois meses; Nações Unidas pedem que soltura ocorra no espírito de fraternidade entre Cote d’Ivoire e Mali; operação de paz realiza patrulha de longo alcance em área afetada por terroristas e entrega serviços médicos, alimentos e outros artigos.
As Nações Unidas expressaram séria preocupação com a detenção de soldados marfinenses em Bamako, a capital do Mali, desde 10 de julho.
Segundo agências de notícias, após a prisão, as autoridades malianas disseram que não tinham permitido a entrada do grupo de 49 integrantes.
Expediente
De acordo com esses relatos, a Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, declarou que as forças faziam parte do oitavo contingente do país na Missão da ONU no Mali, Minusma.
As autoridades centro-africanas dizem que um batalhão teria sido enviado às autoridades aeroportuárias e ao governo maliano antes da chegada do grupo.
Nesta segunda-feira, o porta-voz do secretário-geral da ONU reiterou profundo apreço pela contribuição marfinense para as operações de paz da ONU e para a Minusma.
O pedido de libertação urgente dos soldados marfinenses é feito num “espírito das relações fraternas” entre ambos os povos.
Farhan Haq disse que a ONU apoia fortemente todos os esforços para facilitar esta libertação, bem como o restabelecimento da confiança e a promoção da boa vizinhança entre autoridades malianas e marfinenses.
Em nota separada, as Nações Unidas disseram que iniciaram patrulhas de longo alcance entre boinas-azuis e Forças Armadas do Mali fora da área de Ménaka, no norte da nação africana.
Comunidades
O alvo é conter a recente escalada de violência cometida por grupos armados terroristas na região, que resultou em várias mortes e no deslocamento significativo de civis.
O limite da operação foi o vilarejo de Imach. Um avião não-tripulado foi usado para monitorar o perímetro patrulhado e tranquilizar as comunidades locais.
De acordo com as Nações Unidas, a patrulha também foi uma oportunidade para as forças depaz oferecerem serviços médicos, alimentos, redes mosqueteiras e kits de higiene à população.