ONU inclui dois membros em missão de Santos Cruz sobre Ucrânia
Paz e segurança
Secretário-geral informou que policial do Níger e ex-ministra das Relações Exteriores da Islândia integrarão a Missão de Apuração dos Fatos, liderada por general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
As Nações Unidas já decidiram a composição da missão de investigação sobre Ucrânia, chefiada pelo general da reserva brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
O grupo deverá apurar o que aconteceu na explosão de um centro de detenção em Olenivka, em Donestsk, na Ucrânia, onde dezenas de prisioneiros de guerra foram mortos numa explosão, em 29 de julho.
Pedido da Rússia e da Ucrânia
Nesta segunda-feira, o secretário-geral António Guterres. informou que além de Santos Cruz, a missão contará com a ex-ministra das Relações Exteriores da Islândia, Ingibjörg Sólrún Gísladóttir, que era a vice-representante de Guterres no Iraque.
O outro integrante é o ex-comissário da polícia da ONU, Issoufou Yacouba, do Níger.
Ex-comissário da polícia da ONU, Issoufou Yacouba, do Níger, trabalhou na Minusma
A criação de uma missão de apuração foi uma resposta da solicitação feita pela Rússia e pela Ucrânia sobre a explosão. O nome do general brasileiro Santos Cruz foi anunciado por Guterres, durante uma visita oficial à Ucrânia, e na presença do presidente do país, Volodymyr Zelensky, e do líder da Turquia Recep Tayyip Erdogan.
Prefeita, deputada e ministra
Santos Cruz é descrito como um militar experiente com mais de 45 anos de profissão. Em 2017, ele produziu um relatório sobre a violência contra missões de paz da ONU no mundo, conhecido como Cruz Report. O brasileiro também liderou as forças da paz da ONU no Haiti e na República Democrática do Congo.
Ingibjörg Sólrún Gísladóttir foi vice-representante do secretário-geral da ONU no Iraque.
Ingibjörg Sólrún Gísladóttir já serviu na Organização para Segurança e Cooperação da Europa, Osce, e na ONU Mulheres. Ela foi deputada por sete anos do Parlamento islandês e prefeita da capital do país, Reykjavík, por nove anos.
O nigerino Issoufou Yacouba foi comissário de polícia da Missão da ONU no Mali, Minusma, já serviu no Burundi, foi investigador e governador regional em seu país, Níger.
Assim que foi nomeado, o general da reserva Santos Cruz disse que se sentia honrado por ter sido indicado por Guterres e que acreditava que os demais integrantes da equipe ajudariam no cumprimento da tarefa de descobrir o que ocorreu na prisão ucraniana no fim de julho.