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Guterres indignado com mortes na RD Congo causadas por boinas-azuis BR

O secretário-geral António Guterres expressou condolências às famílias das vítimas e pronta recuperação aos feridos
UN Photo/Mark Garten
O secretário-geral António Guterres expressou condolências às famílias das vítimas e pronta recuperação aos feridos

Guterres indignado com mortes na RD Congo causadas por boinas-azuis

Paz e segurança

Em nota, secretário-geral pediu investigação após duas pessoas morrerem e várias ficarem feridas numa operação onde os tiros partiram de tropas de paz da ONU, que servem à Monusco, a Missão de Paz na nação africana.

Duas pessoas morreram e várias ficaram feridas num incidente na província de Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo.

Em sua conta numa rede social, o porta-voz do secretário-geral afirmou que António Guterres está indignado. O tiroteio, por parte de boinas-azuis, ocorreu em Kasindi, perto da fronteira com Uganda. 

Razões não justificadas

O secretário-geral afirmou que está triste com a perda de vidas e com os ferimentos graves causados pelo incidente.

Ele enviou condolências profundas à família dos afetados, ao povo e ao governo da RD Congo, e desejou aos feridos uma pronta recuperação.

A representante especial de Guterres no país africano e chefe da Monusco, Bintou Keita, disse que os soldados pertencem à Brigada da Intervenção da Missão. E eles teriam disparado os tiros na fronteira por “razões não explicadas”.

Soldados de paz da Missão de Paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco.
Monusco
Soldados de paz da Missão de Paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco.

Keita disse que o incidente sério causou perda de vidas e ferimentos graves às vítimas.
Investigação

O secretário-geral pediu uma prestação de contas do ocorrido. A ONU já contatou o país de origem dos boinas-azuis que realizaram os disparos para pedir uma apuração judicial urgente com a participação das vítimas e testemunhas.

Para a Monusco, o comportamento dos soldados foi “irresponsável e indescritível”. 

Os boinas-azuis foram identificados e presos até que a investigação seja concluída. O inquérito já foi iniciado com a colaboração das autoridades congolesas.

Guterres saudou a decisão da Monusco de abrir o inquérito para apurar o