Guterres indignado com mortes na RD Congo causadas por boinas-azuis
Em nota, secretário-geral pediu investigação após duas pessoas morrerem e várias ficarem feridas numa operação onde os tiros partiram de tropas de paz da ONU, que servem à Monusco, a Missão de Paz na nação africana.
Duas pessoas morreram e várias ficaram feridas num incidente na província de Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo.
Em sua conta numa rede social, o porta-voz do secretário-geral afirmou que António Guterres está indignado. O tiroteio, por parte de boinas-azuis, ocorreu em Kasindi, perto da fronteira com Uganda.
Razões não justificadas
O secretário-geral afirmou que está triste com a perda de vidas e com os ferimentos graves causados pelo incidente.
Ele enviou condolências profundas à família dos afetados, ao povo e ao governo da RD Congo, e desejou aos feridos uma pronta recuperação.
A representante especial de Guterres no país africano e chefe da Monusco, Bintou Keita, disse que os soldados pertencem à Brigada da Intervenção da Missão. E eles teriam disparado os tiros na fronteira por “razões não explicadas”.
Keita disse que o incidente sério causou perda de vidas e ferimentos graves às vítimas.
Investigação
O secretário-geral pediu uma prestação de contas do ocorrido. A ONU já contatou o país de origem dos boinas-azuis que realizaram os disparos para pedir uma apuração judicial urgente com a participação das vítimas e testemunhas.
Para a Monusco, o comportamento dos soldados foi “irresponsável e indescritível”.
Os boinas-azuis foram identificados e presos até que a investigação seja concluída. O inquérito já foi iniciado com a colaboração das autoridades congolesas.
Guterres saudou a decisão da Monusco de abrir o inquérito para apurar o