Boinas-azuis morrem em protestos violentos na República Democrática do Congo
Secretário-geral disse que a organização se compromete a atuar com autoridades congolesas na investigação dos incidentes; agências de notícias informaram que manifestações em complexos das forças internacionais em Kivu do Norte já mataram cinco civis e provocaram 50 feridos.
Três membros de forças de paz foram mortos esta terça-feira em protestos violentos no leste da República Democrática do Congo, RD Congo.
O secretário-geral António Guterres emitiu uma nota condenando com veemência o ataque à Missão das Nações Unidas no país, Monusco.
Solidariedade
As vítimas fatais foram dois agentes policiais indianos e um militar marroquino na área de Butembo, província de Kivu do Norte. Um policial egípcio também ficou ferido na base da operação de paz.
Na nota, o secretário-geral expressa condolências às famílias das vítimas, bem como aos governos e aos povos da Índia e do Marrocos.
Guterres desejou ainda uma rápida recuperação ao soldado ferido durante a onda de violência iniciada na segunda-feira.
A nota emitida pelo porta-voz do chefe da ONU deplora a violência em várias bases das Nações Unidas.
Destruição
Nesses atos, as pessoas e grupos envolvidos invadiram o local, saquearam e destruíram as propriedades.
Durante a ação também houve roubos e incêndios em residências de pessoal das Nações Unidas.
Segundo agências de notícias, o governo congolês teria informado que pelo menos cinco civis foram mortos e 50 ficaram feridos.
A violência também ocorreu em Goma, capital de Kivu do Norte.
Guterres lamentou a perda de vidas entre manifestantes e reiterou o empenho da ONU em cooperar com as autoridades congolesas para investigar os incidentes.