Moçambique anuncia ação concertada para combater lixo marinho BR

Na Conferência dos Oceanos, ministra do Mar revela medidas para criar resiliência na costa com 2,7 mil km; autoridades querem restaurar 3,75 mil hectares de vegetação do litoral; prioridades incluem impulsionar os rendimentos, a segurança alimentar e o empoderamento de mulheres e jovens.
Para Moçambique, o sucesso da Conferência dos Oceanos será ditado pelo desfecho do evento e pela capacidade de se angariar recursos para o cumprimento da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
O país banhado pelo Oceano Indico anunciou que prepara planos para atuar em novas frentes: o combate ao lixo marinho e o avanço da economia azul.
No evento, a ministra moçambicana do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, destacou desafios e oportunidades com a faixa do litoral de cerca de 2,7 mil km. Mais de 60% da população vivem em áreas costeiras.
Cardoso lembrou que as zonas próximas do mar geram rendimento e garantem a sobrevivência de milhares de moçambicanos, mas estão expostas a riscos.
“Para além de proporcionar um manancial de riquezas por explorar. Moçambique é um país exposto às múltiplas ameaças relacionadas com as alterações climáticas, que de forma cíclica, tem fustigado várias regiões do país, com eventos severos como ciclones, secas, inundações. Daí, o compromisso para a criação de resiliência costeira ser imperativo para nós.”
A ministra destacou que as autoridades adotaram vários mecanismos sobre a questão dos oceanos: uma política e estratégia do mar, uma lei sobre o tema, e estratégias para ordenar a pesca artesanal e o desenvolvimento da aquacultura.
O conjunto de novas iniciativas faz parte de uma cadeia de valor dos recursos marinhos. Os benefícios são o apoio a prioridades como geração da renda, postos de trabalho, segurança alimentar, nutrição e empoderamento de mulheres e jovens.
“Gostaríamos ainda de enfatizar que, Moçambique assumiu compromissos importantes no âmbito da implementação do ODS 14 e, nesta hora do balanço, apraz-nos partilhar os seguintes progressos a aprovação, do Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo nacional, visando garantir o uso sustentável do mar e a restauração de 75% dos 5 mil hectares de mangal planificados até 2022.”
A representante moçambicana disse que as autoridades seguem empenhadas em criar uma zona exclusiva de até 30% até o fim da década. O principal recurso serão áreas de conservação marinha.
Clique aqui para ver nossa página especial sobre a Conferência dos Oceanos da ONU