São Tomé e Príncipe promete abordagem nova com lei sobre a economia azul
Estratégia dará primazia a ação de jovens e parcerias com todo o mundo; chefe do governo diz que pirataria continua sendo preocupação do arquipélago durante discurso na Conferência dos Oceanos em Lisboa.
São Tomé e Príncipe diz que “nada será como dantes” com uma nova lei sobre a economia azul. O projeto do governo deve ter luz verde do Parlamento nas próximas semanas, segundo o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.
Na Conferência dos Oceanos, em Lisboa, o chefe do governo são-tomense destacou áreas por abordar como investimento, parcerias, novos empregos e crescimento sustentável.
Novo momento
“Que possa dotar o país de uma macro visão estratégica prospetiva, e de uma linha de rumo consensual, capaz de ser anuída pelas diferentes sensibilidades políticas da nossa sociedade, visando almejar um futuro promissor e melhor para todos em nome do desenvolvimento seja um desígnio fundamental de todo o são-tomense que se preze como verdadeiro patriota .”
A segurança alimentar, a saúde ambiental e o desenvolvimento devem ser priorizados no plano iniciado há cinco anos, ao lado da necessidade de se mitigar riscos climáticos.

“São Tomé e Príncipe deu início em 2017, com o apoio técnico da FAO, a um importante processo que visava no essencial moldar e trilhar de forma sustentada a transição da nossa recorrente economia tradicional em direção a uma economia azul.”
Mesmo com a estratégia de transição rumo à economia azul, o primeiro-ministro disse que a transição no arquipélago carece de apoio para uma melhor proteção dos ecossistemas marinhos.
Zona exclusiva
O país tem uma zona económica exclusiva 160 vezes maior que a terra destacando potencial para o desenvolvimento econômico e social associados à economia azul. Este ano, São Tomé e Príncipe realizou um evento nacional para definir prioridades.
A atuação das autoridades requer recursos adaptados a “condições e modalidades para capacidades ara objetivos da estratégia e para corrigir défice em matéria de emprego e capacidade de empreender da juventude, homens e mulheres.”
O chefe do governo de São Tomé e Príncipe defendeu ainda a proteção dos oceanos, que considera “pulmões azuis do planeta”. Por isso, falou em uma economia sustentável dos mares otimize o investimento em diferentes setores.
Para São Tomé e Príncipe, o evento é uma “excelente oportunidade para divulgar para a comunidade internacional a reafirmação do firme compromisso e o engajamento das autoridades do país na proteção aos oceanos.
O governo destacou que, após a aprovação da lei da estratégia da economia azul “nada será como dantes”. Ele pediu que o mundo não se esqueça ainda de apoiar o combate à pirataria no Golfo da Guiné que deve ser feito de uma forma integrada.
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