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Plano de ação busca garantir acesso à internet a 3 bilhões de pessoas BR

Meta de Guterres é que todas as pessoas estejam conectadas em 2030.
Foto: © UNICEF/Frank Dejongh
Meta de Guterres é que todas as pessoas estejam conectadas em 2030.

Plano de ação busca garantir acesso à internet a 3 bilhões de pessoas

ODS

Conferência Mundial do Desenvolvimento das Telecomunicações ocorre esta semana em Kigali, Ruanda; secretário-geral António Guterres envia mensagem aos líderes, lembrando que um terço da população mundial continua desconectada, o que apenas reforça as divisões sociais.  

Líderes globais estão reunidos esta semana em Kigali, Ruanda, para a Conferência Mundial do Desenvolvimento das Telecomunicações. O secretário-geral das Nações Unidas gravou uma mensagem para a abertura do evento, nesta segunda-feira, lembrando que ainda existem 3 bilhões de pessoas sem acesso à internet. 

António Guterres destaca que a “divisão digital reforça as diferenças sociais, econômicas e de gênero e aumenta as desigualdades em todas as divisões”.  

Ninguém offline  

Emily, refugiada venezuelana, usa o computador em sua casa, no Equador
Foto: © UNHCR/ Ramiro Aguilar Villamar
Emily, refugiada venezuelana, usa o computador em sua casa, no Equador

O chefe da ONU pediu aos líderes mundiais o desenvolvimento de um plano de ação para levar a internet aos 3 bilhões de pessoas que ainda estão desconectadas.  

Segundo Guterres, “não deixar ninguém para trás significa não deixar ninguém offline”.  

O encontro em Ruanda segue até 16 de junho e é organizado pela União Internacional das Telecomunicações, UIT. A edição deste ano foca também em como manter a transformação digital alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.  

Barreiras  

A diretora da UIT, Doreen Bogdan-Martin, ressaltou ser essencial mobilizar “líderes de governos e do setor da tecnologia para levar a inclusão digital até as comunidades mais remotas”. 

Jovens na Malásia usando seus celulares
Unicef/Fara Zahri
Jovens na Malásia usando seus celulares

A agência destaca que o acesso ao mundo digital é muito caro para muitas pessoas, além da “internet não ter a diversidade linguística necessária para ajudar as populações que não falam as línguas que dominam” o mundo digital. Essas questões também são abordadas na conferência.