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Guterres volta a pedir fim da guerra após bombardeio à escola na Ucrânia BR

Secretário-geral António Guterres
Foto: ONU/Mark Garten
Secretário-geral António Guterres

Guterres volta a pedir fim da guerra após bombardeio à escola na Ucrânia

Paz e segurança

Em nota, secretário-geral diz que são os civis que pagam o preço mais alto num conflito; colégio em Bilohorivka, em Luhansk, servia de refúgio para as pessoas que escapavam dos combates; agências de notícias dizem que dezenas podem ter morrido.

O líder das Nações Unidas, António Guteres se disse horrorizado com um bombardeio a uma escola na cidade de Luhansk, na Ucrânia, que pode ter matado dezenas de pessoas, segundo agências de notícias.

O ataque, que ocorreu no sábado, atingiu a escola de Bilohorivka, onde muitos estavam se protegendo dos combates entre forças da Rússia e da Ucrânia.

Carta da ONU

Para Guterres, o ataque é um lembrete de que numa guerra são os civis que pagam o preço mais alto.

Ele reiterou que a infraestrutura civil que inclui escolas e hospitais tem de ser protegida durante todo o tempo, assim como os civis.

O secretário-geral voltou a pedir o fim da guerra e o retorno à paz estabelecida com base da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

Neste domingo, a ONU realizou a retirada de mais de 170 pessoas da usina de Azovstal e Mariupol com base no acordo de evacuação que realiza em parceria com a organização Cruz Vermelha. Até agora, mais de 600 civis já saíram do local.

Guterres disse que a ONU continuará apoiando os ucranianos com ações humanitárias.

Unicef

Mais cedo, a chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirmou num comunicado que as escolas jamais podem ser um alvo de guerra.

Catherine Russell contou que ainda não era possível saber quantas crianças tinham sido mortas no bombardeio, mas que temia que o ataque elevasse o número de centenas de menores que perderam a vida desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro contra a Ucrânia.

Evacuação de civis

Em nota separada, o secretário-geral saudou a evacuação de um outro grupo de mais de 170 pessoas da usina siderúrgica de Azovstal e outras áreas de Mariupol por meio de uma passagem segura.

A operação foi organizada pelo Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, e pela organização Cruz Vermelha.

O grupo chegou este domingo à cidade de Zaporizhzhia. Guterres disse que está com todos os que sofrem nessa guerra na Ucrânia em pensamento.
 
Ele agradeceu a todos os que participaram da complexa operação de retirada dos civis incluindo os líderes em Kyiv, capital da Ucrânia, e em Moscou, capital da Rússia, por garantirem pausas humanitárias no fogo cruzado.

O secretário-geral aplaudiu a coragem dos trabalhadores humanitários que ajudaram a retirar os civis elevando o número de pessoas evacuadas para mais de 600.