Angola recebe relatora da ONU para o fim da discriminação contra hanseníase
Alice Cruz chega ao país africano esta quinta-feira, com a meta de verificar boas práticas e desafios relacionados à eliminação do preconceito a pessoas afetadas pela condição; comunidades de Luanda e Benguela terão a oportunidade de conversar com a especialista em direitos humanos.
A relatora especial* das Nações Unidas para a eliminação da discriminação contra pessoas afetadas pela hanseníase chega a Angola esta quinta-feira, 28 de abril, onde ficará até o dia 10 de maio.
A especialista em direitos humanos Alice Cruz declarou que estará em busca de “exemplos de boas práticas e de conhecer desafios e oportunidades para a eliminação” do preconceito daqueles afetados pela condição de saúde.
Melhores práticas
Esta será a primeira vez que um relator especial da ONU para o fim da discriminação da hanseníase visitará um país africano. Além disso, a última vez que Angola recebeu um relator de direitos humanos das Nações Unidas foi em 2016.
Segundo Alice Cruz, o foco da visita estará “nas questões de discriminação estrutural e interpessoal; nas políticas discriminatórias e nas melhores estratégias para a redução do estigma e para o desenvolvimento inclusivo das pessoas afetadas pela hanseníase”.
A relatora afirmou ainda que pretende “identificar progressos e lacunas na implementação dos Princípios e Diretrizes da ONU e fazer recomendações construtivas.”
Encontro com comunidades afetadas
A especialista em direitos humanos terá encontros com representantes de governos, da sociedade civil, com especialistas em saúde, direito e ciências sociais, além, claro, de pessoas afetadas pela hanseníase. Alice Cruz visitará várias comunidades na capital Luanda e em Benguela.
Ao final da visita, em 10 de maio, Cruz fará uma conferência para jornalistas, onde compartilhará suas principais observações. Um relatório completo sobre a situação das pessoas com hanseníase em Angola será apresentado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em junho de 2023.
*Os relatores especiais das Nações Unidas trabalham de forma voluntária e independente, não são funcionários da ONU nem recebem salário da organização.