Guterres diz na Turquia que fim da guerra na Ucrânia é objetivo comum
Secretário-geral reuniu-se com presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara, capital do país; nesta terça-feira, ele tem almoço de trabalho com ministro das Relações Exteriores da Rússia e será recebido pelo presidente Vladimir Putin, antes de embarcar para a Ucrânia.
O fim da guerra na Ucrânia é um objetivo comum. Esta foi a mensagem do secretário-geral António Guterres ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Os dois líderes se reuniram nesta segunda-feira, em Ancara.
A visita é parte de uma viagem oficial de Guterres, que seguirá para Moscou, na Rússia, e depois Kyiv, capital da Ucrânia, a partir desta terça-feira.

Sofrimento dos civis
O chefe da ONU disse ao presidente Erdogan que apoia os esforços diplomáticos da Turquia. Ele também reafirmou o objetivo de acabar com a guerra o mais rapidamente possível criando as condições que terminem com o sofrimento dos civis.
O presidente turco e Guterres ressaltaram a urgência de um acesso efetivo para evacuar os civis e levar ajuda às comunidades impactadas, por meio de corredores humanitários. Ambos os líderes concordaram em manter o contato. Eles falaram ainda das consequências regionais e globais da guerra incluindo nas áreas de energia, alimentos e finanças.

Mariupol
Nesta terça-feira, Guterres terá um almoço de trabalho com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e depois será recebido pelo presidente do país, Vladimir Putin. O secretário-geral será recebido pelo presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky ainda esta semana.
No domingo, o coordenador de crise da ONU, Amin Awad, pediu o fim imediato dos combates na cidade portuária de Mariupol para permitir que os civis pudessem fugir da violência. Ele alertou que dezenas de milhares de pessoas incluindo crianças e idosos estão em risco no local. Na manhã desta segunda-feira, houve bombardeios que destruíram várias estações ferroviárias no oeste e centro-norte da Ucrânia.
Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, mais de 160 instalações de saúde foram atacadas. E pelo menos 2,4 mil pessoas morreram no país. Um apelo relâmpago da ONU indica que agora são precisos mais de US$ 2,25 bilhões para socorrer os ucranianos.