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Ucrânia: ONU pede pausa nos combates em Mariupol para evacuar civis BR

Danos causados após bombardeio em Mariupol, no sudeste da Ucrânia.
© UNICEF/Evegeniy Maloletka
Danos causados após bombardeio em Mariupol, no sudeste da Ucrânia.

Ucrânia: ONU pede pausa nos combates em Mariupol para evacuar civis

Paz e segurança

Coordenador da ONU para crise na Ucrânia reiterou que suspensão nas hostilidades em Mariupol é fundamental para permitir acesso à ajuda humanitária e passagem segura para evacuação de civis; Amin Awad afirma que ataques devem parar imediatamente.

O coordenador da ONU para crise na Ucrânia, Amin Awad, pediu uma pausa imediata nos conflitos em Mariupol para que civis possam deixar a cidade de forma segura. Neste domingo, ele afirmou que a vida de dezenas de milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças, estão em risco. 

Ele destaca que é necessária uma pausa imediata da violência para que vidas sejam salvas. Segundo Awad, quanto mais tempo se estenderem as batalhas, mais civis estarão em situação de vulnerabilidade.  

Homem segura cachorro enquanto passa por casa danificada após bombardeio em Mariupol, no sudeste da Ucrânia
© UNICEF/Evgeniy Maloletka
Homem segura cachorro enquanto passa por casa danificada após bombardeio em Mariupol, no sudeste da Ucrânia

Saída segura de civis

O coordenador da ONU para crise na Ucrânia afirmou que civis devem evacuar a cidade de forma segura ainda hoje. Para ele, “amanhã pode ser tarde demais”.

Há cerca de uma semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo humanitário durante os dias em que cristãos ortodoxos celebram a Semana Santa.

Na Páscoa, Awad reforçou o pedido do chefe das Nações Unidas. A pausa das hostilidades na cidade, que segue sitiada, deve permitir que ajuda humanitária chegue na região e permita que civis que desejam deixar a área possam sair em segurança.

Situação humanitária

De acordo com as agências da ONU, a situação humanitária na Ucrânia continua a se deteriorar, como resultado das hostilidades em andamento principalmente no leste e do sul do país.

Os últimos levantamentos apontam que mais de um quarto da população da Ucrânia está atualmente deslocada internamente ou em países vizinhos.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações, OIM, cerca de 60% dos deslocados são mulheres, e mais da metade precisa de alimentos.

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, alertou que mais de um quarto das famílias deslocadas internamente com crianças menores de cinco anos relataram dificuldades em alimentar seus filhos desde o início do conflito.

À medida que as hostilidades se intensificam, as necessidades básicas das pessoas presas em áreas de difícil acesso aumentam, ao mesmo tempo em que dificultam os esforços para evacuar civis e fornecer assistência.