Perspectiva Global Reportagens Humanas

Impulso à inovação é foco do Dia Mundial de Combate à Malária BR

OMS espera que sejam salvas entre 40 mil a 80 mil crianças com a expansão da vacina RTS,S
Unicef/Mark Naftalin
OMS espera que sejam salvas entre 40 mil a 80 mil crianças com a expansão da vacina RTS,S

Impulso à inovação é foco do Dia Mundial de Combate à Malária

Saúde

OMS quer ação urgente e concertada dos países para o retorno global à trajetória marcada por progressos na estratégia global; agência da ONU ressalta vacinação de mais de 1 milhão de crianças em países africanos. 

Neste 25 de abril comemora-se o Dia Mundial de Combate à Malária sob o lema “Aproveitar a inovação para reduzir a carga da doença e salvar vidas”.  

A Organização Mundial da Saúde, OMS, destaca não haver atualmente nenhuma ferramenta disponível que resolverá o problema. Em 2020, foram notificados 241 milhões novos casos e 627 mil mortes em 85 países. 

Antimaláricos   

Em relação a óbitos, mais de dois terços ocorreram entre crianças menores de cinco anos da África. 

A agência da ONU pede maior investimento e inovação para que haja novas abordagens de controle de vetores, diagnósticos, medicamentos antimaláricos e outras ferramentas para acelerar o ritmo do progresso contra a doença. 

Vídeo de arquivo -  Maurício Cysne,  da Agência de Saúde Global, Unitaid

Novos medicamentos, testes e a busca por uma vacina na luta contra a malária

 

Na mais recente iniciativa internacional, mais de 1 milhão de crianças receberam uma ou mais doses da primeira vacina contra a malária em nações africanas como Gana, Quênia e Maláui. 

A OMS espera que sejam salvas entre 40 mil e 80 mil crianças com a expansão da vacina RTS, S em lugares onde a transmissão é moderada ou alta. A agência anunciou que já garantiu US$ 155 milhões para o programa-piloto. 

Pandemia  

Os avanços contra a doença foram constantes na redução de casos entre 2000 e 2015, mas abrandaram ou estagnaram nos últimos dois anos em países mais afetados da África Subsaariana.  

Há dois anos, mesmo antes do impacto da pandemia, as mortes por malária aumentaram 12%. 

A OMS pede ação urgente e concertada para um retorno global à trajetória que ajudem a alcançar as metas da estratégia global contra a doença evitável e tratável, mas tem efeitos “arrasadores na saúde e nos meios de subsistência”. 

Bebê é testado para malária no estado de Adamawa, na Nigéria
© Unicef/Andrew Esiebo
Bebê é testado para malária no estado de Adamawa, na Nigéria