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Chefe da ONU envia cartas para líderes da Rússia e da Ucrânia propondo encontro BR

Mais de 12 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Ucrânia
Pnud/Oleksandr Ratushniak
Mais de 12 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Ucrânia

Chefe da ONU envia cartas para líderes da Rússia e da Ucrânia propondo encontro

Paz e segurança

António Guterres quer medidas urgentes para o fim da guerra; pedido foi enviado no mesmo dia em que ele lançou um apelo por uma pausa humanitária, começando nesta quinta-feira de Páscoa ortodoxa e terminando domingo.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, escreveu cartas separadas para se reunir com os líderes da Rússia e da Ucrânia nas respectivas capitais de seus países.

Nesta quarta-feira, o porta-voz do chefe da ONU disse a jornalistas, em Nova Iorque, que o foco das conversas será a busca de uma solução para o conflito.

Moscou e Kyiv

Stephane Dujarric disse que as cartas foram entregues, na terça-feira, às Missões Permanentes da Rússia e da Ucrânia junto à ONU. Nessas correspondências, o secretário-geral pede ao presidente Vladimir Putin para recebê-lo em Moscou e ao presidente Volodymyr Zelensky, em Kyiv.

Nas mensagens, o secretário-geral destaca “um momento de grande perigo e consequências” no qual  “gostaria de discutir medidas urgentes para trazer a paz na Ucrânia e o futuro do multilateralismo com base na Carta das Nações Unidas e no direito internacional”.

Secretário-geral pediu pausa humanitária para permitir abertura de corredores de ajuda
ONU/Eskinder Debebe
Secretário-geral pediu pausa humanitária para permitir abertura de corredores de ajuda

 

A organização ressalta que tanto a Ucrânia como a Rússia são membros fundadores e sempre foram fortes apoiadores.

As correspondências foram enviadas no mesmo dia em que Guterres pediu uma pausa humanitária de quatro dias como parte da Semana Santa dos cristãos  ortodoxos, quando é comemorada a Páscoa. O período começaria na quinta-feira e se estenderia até o domingo.

Mortes

O secretário-geral disse que a meta é  permitir a abertura de corredores de ajuda com condições necessárias para responder a uma passagem segura de todos os civis dispostos a deixar as áreas de confronto, além de fazer a entrega de ajuda essencial em áreas como Mariupol, Kherson, Donetsk e Luhansk que concentram um terço dos necessitados.

Mais de 12 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária na Ucrânia, incluindo víveres como comida, água, suprimentos e formas para o tratamento de doentes ou feridos.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos anunciou que mais de 2 mil civis foram mortos desde o início da guerra. Os dados podem ser muito maiores.

 

Milhares de ucranianos buscam segurança na vizinha Polônia
© PMA/Marco Frattini
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