ONU quer força jovem em etapas iniciais de recuperação pós-pandemia
Em Fórum da Juventude, vice-chefe da organização defende que grupo esteja na criação da agenda nos países; Nações Unidas falam de obstáculos para total inclusão do grupo, que representa mais de 1,8 bilhão de habitantes do planeta.
Começou na sede da ONU em Nova Iorque o Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social, Ecosoc, em formato virtual.
Ao abrir a reunião com centenas de representantes, a vice-secretária-geral Amina Mohammed falou das perdas incalculáveis que afetam o grupo e de crises como mudança climática, Covid-19 e a guerra na Ucrânia.
Realidade
Amina Mohammed lembra que os jovens hoje enfrentam barreiras em áreas como educação, emprego e saúde mental, a qual considera “um dos males invisíveis” dessa realidade.
Ela afirma que a recuperação global deve ser mais inclusiva para os jovens começando em nível nacional.
A vice-chefe da ONU diz que a juventude tem que integrar programas de recuperação, iniciativas como transição energética, combate ao abismo digital e outras metas globais.
O Fórum da Juventude é uma plataforma, criada há 11 anos, para permitir a prestação de contas e parcerias com o grupo para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
Inclusão
Na sessão, a enviada especial do secretário-geral para a Juventude, Jayathma Wickramanayake disse que a ausência de jovens em processos de tomada de decisão continua sendo um problema.
Ela destacou que o mundo tem 1,8 bilhão de jovens, mas menos de 3% são parlamentares abaixo de 30 anos. Para ela, estar em casas legislativas e postos de tomada de decisão é o primeiro passo para que os jovens possam um dia ser presidentes, primeiras-ministras e atuar em níveis regional e internacional.
Jayathma Wickramanayake apontou ainda a persistência de barreiras estruturais, legais e financeiras para se atingir esse propósito.
Internet
Ao enumerar as precondições para empoderar os jovens, ela ressaltou que é preciso inclusão. E disse que 258 milhões de jovens estão fora do ensino formal. Mais de 42 milhões não têm onde morar, com menos de 18 anos, e não têm acesso ao meio digital para ensino a distância.
O mundo tem cerca de 2,2 bilhões de crianças e jovens sem “qualquer tipo de conexão de internet em casa”.
A série de diálogos os jovens devem interagir com Estados-membros e outros envolvidos em ações concretas para recuperação da pandemia e atuar na Década de Ação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Sob o tema “Recuperar melhor da Covid-19 enquanto se avança na implementação completa da Agenda 2030” o encontro deve analisar avanços em áreas como educação de qualidade, igualdade de gênero, vida debaixo d'água, na Terra e parcerias para alcançar as metas globais.