Boina-azul morre em novo ataque de milícias na RD Congo
Paz e segurança
Secretário-geral da ONU quer investigação do incidente e que os responsáveis respondam à justiça; aumento da atividade de grupos armados no leste do país preocupa o Conselho de Segurança.
Um soldado de paz de nacionalidade nepalesa morreu esta terça-feira na área de Itúri após um ataque contra forças da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, RD Congo.
A organização atribui a responsabilidade pelo ato a suspeitos integrantes da milícia localmente conhecida como Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo, Codeco.
Crime de guerra
Em nota emitida pelo seu porta-voz, em Nova Iorque, o secretário-geral condena com veemência o ataque e lembra que o tipo de ação contra forças de paz “pode ser considerado um crime de guerra”.
O chefe da ONU pediu às autoridades congolesas que investiguem o incidente e levem rapidamente os responsáveis à justiça.
Tropas de paz da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, patrulham Ituri.
Guterres reiterou a continuação do apoio das Nações Unidas ao governo e o povo congoleses nos esforços para trazer paz e estabilidade no leste do país por meio da representante especial na República Democrática do Congo.
Os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança também reagiram ao ataque ocorrido durante operações das forças internacionais em Bali, no território de Djugu. Os integrantes do órgão expressaram solidariedade à família da vítima e ao Nepal.
Grupos armados
O comunicado deplora as provocações contra a operação de paz e solicita informações sobre o progresso das investigações do caso.
Os integrantes do Conselho revelam estar apreensivos com o aumento da atividade de grupos armados nas províncias do leste congolês.
O pedido feito aos envolvidos é que parem com a violência, as violações e os abusos dos direitos humanos e do direito internacional humanitário.
Com cerca de 14 mil militares de 50 países, as tropas de paz da ONU na RD Congo, Monusco, têm desafios como grupos insurgentes e armados