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OMS: aumentar imposto sobre o álcool pode salvar 130 mil vidas por ano BR

Consumo de álcool associado a maior risco de câncer de fígado
OMS/Sergey Volkov
Consumo de álcool associado a maior risco de câncer de fígado

OMS: aumentar imposto sobre o álcool pode salvar 130 mil vidas por ano

Saúde

Cálculo foca na Europa, onde o consumo de bebidas alcoólicas causa quase 1 milhão de mortes, anualmente; agência da ONU está propondo aos países da região uma iniciativa de mudança em políticas fiscais.  

A Organização Mundial da Saúde, OMS, na Europa, está sugerindo aos países do continente mudanças nas políticas fiscais para um aumento dos impostos sobre o álcool. Segundo a agência, as taxas sobre a venda de bebidas alcoólicas na região são mais baixas do que os impostos sobre o tabaco.  

A OMS Europa destaca que o consumo de bebidas alcoólicas leva a quase 1 milhão de mortes, todos os anos, devido a várias causas, como câncer, doenças cardiovasculares e crônicas. A cada dia, 2,5 mil pessoas morrem na Europa devido ao álcool. 

Eficiência da política é comprovada  

Homens têm duas vezes maior probabilidade de morrer com cirrose causada por consumo de álcool
OMS/Sergey Volkov
Homens têm duas vezes maior probabilidade de morrer com cirrose causada por consumo de álcool

A agência lembra que inúmeras pesquisas feitas durante décadas, no mundo todo, comprovaram que aumentar impostos é uma das políticas mais eficientes para diminuir o consumo de bebidas alcoólicas.  

A OMS menciona um estudo feito pelo Conselho para Doenças Crônicas, que mostra o seguinte: se os países europeus colocassem uma taxa mínima de 15% sobre o preço de venda de cada unidade de bebida alcoólica, independentemente do tipo, seria possível evitar 133 mil mortes por ano.  

O Conselho está lançando uma iniciativa em cinco áreas para aumentar o potencial de impostos para o álcool na Europa. A especialista do Programa de Álcool e Drogas da OMS na Europa explica que esse tipo de imposto precisa ser visto como uma medida em prol da saúde e não apenas como um instrumento econômico.  

Catarina Ferreira-Borges destaca que os dados deixam claro como a medida seria benéfica para a saúde da população europeia.