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Chefe da ONU para Migração diz que pandemia evidenciou contribuição dos migrantes BR

António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para Migrações, OIM.
Reprodução/ONU News
António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional para Migrações, OIM.

Chefe da ONU para Migração diz que pandemia evidenciou contribuição dos migrantes

Migrantes e refugiados

António Vitorino falou à ONU News após briefing sobre o primeiro Fórum de Revisão sobre Migração, marcado para 17 a 20 de maio; em encontro na Assembleia Geral, líderes da ONU pediram mais iniciativas nacionais e ações de melhorias para 281 milhões de migrantes no mundo. 

O chefe da Organização Internacional para Migrações, OIM, António Vitorino, afirmou que mais de três anos após a adoção de um pacto global sobre migração, existem sucessos a celebrar, mas também muitos desafios agravados pela pandemia. 

Vitorino esteve, na sede da ONU, em Nova Iorque, para participar de um encontro com os países-membros sobre a realização do Primeiro Fórum de Revisão sobre Migração, que ocorrerá em maio.  

Linha de frente 

Muitos migrantes acabam optando por retornarem aos seus países de origem.
Foto: IOM/Muse Mohammed
Muitos migrantes acabam optando por retornarem aos seus países de origem.

O Fórum está previsto no Pacto Global das Nações Unidas para Migração Segura, Ordeira e Regular, adotado em dezembro de 2018.  

Nesta entrevista à ONU News, Vitorino lembra que os migrantes estiveram na linha de frente de combate ao Covid-19 com uma contribuição inestimável. 

“Não há a menor dúvida de que os imigrantes foram um dos grupos sociais mais impactados, mais afetados pela pandemia. Mas também foram os que estiveram na primeira linha, na linha de frente. Seja no setor da saúde, seja no setor do turismo, seja no setor da alimentação, da distribuição, da produção agrícola. Foram eles que estiveram lá quando, muitas vezes, todos os outros estavam fechados em casa para se protegerem do vírus. Portanto, é mais do que justo que as sociedades compreendam que têm que garantir proteção aos imigrantes e que têm que lhes dar oportunidades para eles colaborarem, participarem na recuperação econômica, que todos esperamos que se verifique, uma vez passada a pandemia.” 

Origem e destino 

Diretor-geral da OIM, António Vitorino, diz que o mundo vive um paradoxo jamais visto
OIM/Alexander Bee
Diretor-geral da OIM, António Vitorino, diz que o mundo vive um paradoxo jamais visto

António Vitorino pediu ainda mais esforços nacionais e de entidades nos países de origem e destino para a realização do Fórum de Revisão do Pacto Global, marcado para 17 a 20 de maio. 

Participaram da reunião na Assembleia Geral, o presidente da casa, Abdulla Shahid, e o líder da ONU, António Guterres. 

O Pacto Global para Migração tem 23 objetivos que abordam a situação do migrante.  

O chefe da OIM, António Vitorino, lembrou os compromissos dos países com os direitos, a dignidade e o bem-estar dos migrantes em todas as comunidades do globo. 

Chefe da ONU para Migração diz que pandemia evidenciou contribuição dos migrantes

Consultas 

Os embaixadores de Luxemburgo e Bangladesh foram nomeados pela Assembleia Geral para liderar os trabalhos sobre a Rede de Migração que dará apoio ao Fórum de Revisão. Antes do evento, em maio, ocorrerá uma série de consultas com grupos interessados no tema. 

Segundo a OIM, o mundo tem 281 milhões de migrantes que representam 3,6% da população mundial.  

Cerca de 164 milhões deles são trabalhadores no exterior. 

Ao todo, as remessas enviadas pelos migrantes à casa somam US$ 717 bilhões anuais.