Vice-chefe da ONU pede fim do conflito na Etiópia e mais ajuda humanitária ao país
Amina Mohammed visitou região de Tigray, no norte, e outras áreas em conflito; vice-secretária-geral diz que viagem foi uma expressão de solidariedade com todos os etíopes; itinerário começou na Cimeira da União Africana, em Addis Abeba.
As Nações Unidas estão ao lado do povo da Etiópia e pedem o fim do conflito no país africano. Com esta clara mensagem, a vice-secretária-geral da organização, Amina Mohammed, se despediu de uma visita oficial à nação que começou, na semana passada, com a participação na Cimeira da União Africana, na capital Addis Abeba.
Esperanças
A vice-chefe da ONU disse que se sentia honrada de abrir o encontro representando o secretário-geral, António Guterres. Ela contou que discutiu temas como crises humanitárias e desenvolvimento. Mas particularmente em relação à Etiópia, ela revelou ter testemunhado a tragédia do conflito, e lembrou que nessa situação nunca existe um vencedor.
Ao visitar as regiões Tigray, Amhara e Somali, a representante disse ter observado os esforços do governo e povo pela paz.
Ela se reuniu com moradores e líderes comunitários em Afar revelando “esperanças e como será o envolvimento” das partes nessa direção.
Mohammed ouviu funcionários de ajuda humanitária e pediu que a assistência chegue com urgência, especialmente a mulheres e crianças afetadas.
Confrontos
A vice-chefe da ONU reforçou apelos do secretário-geral pelo fim dos confrontos e em favor do diálogo nacional.
Na visita de solidariedade aos etíopes, Amina Mohammed disse estar convencida da chegada da paz.
Questionada sobre o papel de mediação da União Africana, a representante disse que líderes regionais e de outros lugares têm abordado o tema.
Diálogo
Amina Mohammed esteve em Afar e depois de Tigray com o enviado especial da União Africana, o antigo presidente da Nigéria Olusegum Obasanjo.
Com as negociações em andamento, a vice-chefe da ONU destaca haver menos confrontos do que há alguns meses.
Para ela, a situação está agora “muito melhor e há muito mais conversa” sobre o diálogo nacional e o caminho para a paz na Etiópia.
Ela destacou ainda que a Frente de Libertação Popular Tigray mantém as exigências por assistência humanitária, pelo fim dos confrontos e pelo diálogo.