Taxa de vacinação precisa aumentar seis vezes para atingir meta na África BR

Continente terá que imunizar 36 milhões de pessoas a cada sete dias; campanha cobriu apenas 11% da população até o momento; novos infectados e mortes diminuem pela quarta semana consecutiva após onda da pandemia impulsionada pela variante Ômicron.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, revelou que a taxa de vacinação no continente africano precisa aumentar seis vezes para cumprir a meta de 70% estabelecida para meados de 2022.
A expectativa é que o atual número de vacinados por semana suba de 6 milhões para 36 milhões “para colocar os países no caminho de vencer essa pandemia.”
Nesta quinta-feira, a agência destacou que a maior campanha de vacinação da história do continente ainda não atingiu os resultados esperados.
Segundo a diretora do Escritório Regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, apenas 11% da população da região está totalmente imunizada.
A África registrou mais de 10,8 milhões de casos e acima de 239 mil mortes pelo novo coronavírus.
Matshidiso Moeti disse que “o mundo finalmente ouviu os apelos da região e o acesso às vacinas feitos por muito tempo”.
Ela disse que foi “a dose de esperança para este ano” a entrega de mais de 587 milhões de doses de vacinas. Desse total, 58% foram fornecidos por meio do mecanismo Covax, 36% de acordos bilaterais e 6% pelo Mecanismo de Aquisição de Vacinas da União Africana, Avat.
Com o aumento das entregas deve ser impulsionada a implementação do plano de vacinação.
Moeti ressaltou que a percentagem atual revela um atraso em relação ao resto do mundo com 85% sem receber uma única dose.
As ilhas Maurício e Seychelles atingiram a meta de 70% e sete países africanos vacinaram 40% de sua população.
Pelo menos 21 países têm menos de 10% de suas populações imunizadas.
De acordo com as estimativas 16 nações inocularam menos de 5% e três vacinaram menos de 2% com as duas doses.
Neste momento, a África revela uma queda de casos de forma consecutiva na recuperação da quarta onda impulsionada pela variante Ômicron.
Na semana passada houve 15% de novos infectados em comparação com o período anterior e as mortes caíram 5%.
Apesar do declínio geral de óbitos, o norte da África teve um aumento de 25% nas mortes semanais.