OMS: É prematuro declarar vitória contra Covid-19
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde alerta para aumento de mortes e crescimento de casos com nova variante; medidas de prevenção devem continuar, assim como testagem, monitoramento e sequenciamento.
Nesta terça-feira, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que é prematuro declarar vitória contra a Covid-19 ou abandonar esforços para combater a doença.
Com o aumento da vacinação em diversos países e os efeitos mais leves da Ômicron, além da alta propagação da variante, Tedros Ghebreyesus ressaltou que mais países estão deixando de tomar medidas para prevenir as transmissões.
Since Omicron was first identified 10 weeks ago, almost 90 million #COVID19 cases have been reported to @WHO. We are now starting to see a very worrying increase in deaths, in most regions of the world. It’s premature for any country either to surrender, or to declare victory. pic.twitter.com/mdFjaiv6sJ
DrTedros
Preocupação
No entanto, segundo o chefe da OMS, o aumento de mortes por Covid-19 observado nas últimas semanas é preocupante.
Desde que a variante Ômicron foi detectada, há 10 semanas, a entidade registrou 90 milhões de casos. O número é superior ao total de infecções reportadas em 2020.
Assim, ao se posicionar contra o fim das medidas, Tedros Ghebreyesus destacou que “mais transmissão significa mais mortes”.
O diretor-geral da OMS explicou que a agência não está recomendando novos confinamentos, mas que ainda é necessário que todas as medidas de segurança contra o coronavírus, além da vacina, continuem a valer.
Novas variantes
Com uma nova linhagem da Ômicron sendo detectada, a BA.2, Tedros afirma que o vírus é perigoso e segue evoluindo.
Por isso, ele pede que todos os países sigam testando, monitorando e fazendo o sequenciamento do coronavírus.
A OMS alerta sobre a necessidade de vigilância por parte de todos e lembra que a pandemia não acabou.
Sobre as vacinas, Tedros reforçou a importância de acesso e da atualização das doses para cobrirem as variantes que podem surgir. Ele afirma que é necessário antecipar a preparação, diminuindo o tempo necessário para a fabricação de imunizantes em larga escala e salvar vidas.