Perspectiva Global Reportagens Humanas

Relatos de intensos combates na capital da Guiné-Bissau preocupam a ONU BR

Palácio Colinas de Boé, edifício da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.
Alexandre Soares
Palácio Colinas de Boé, edifício da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.

Relatos de intensos combates na capital da Guiné-Bissau preocupam a ONU

Paz e segurança

Secretário-geral pede fim imediato dos combates e total respeito às instituições democráticas;  tiros foram ouvidos no Palácio do Governo em sessão de Conselho de Ministros com o presidente Umaro Sissoco Embaló e o primeiro-ministro Nuno Nabiam.

 

O secretário-geral da ONU, António Guterres disse que está profundamente preocupado com as notícias de intensos combates em Bissau.  

O chefe das Nações Unidas apelou ao fim imediato dos combates e ao pleno respeito às instituições democráticas do país, em nota divulgada esta terça-feira pelo porta-voz. 

Ordem constitucional

Falando a jornalistas, Guterres disse que apesar de não haver muitos detalhes sobre os eventos, o mundo assiste  à uma terrível multiplicação de golpes.

Ele ressaltou o forte apelo “para que os soldados voltem às casernas e a ordem constitucional esteja plenamente em vigor no contexto democrático da Guiné-Bissau."

Relatos de intensos combates na capital da Guiné-Bissau preocupam a ONU

 

Civis 

Agências de notícias informaram que várias pessoas ficaram feridas e pelo menos duas morreram  depois de tiros de bazuca e rajadas de metralhadora. 

De acordo com os relatos, o presidente Umaro Sissoco Embaló e o primeiro-ministro Nuno Nabiam estariam no Palácio do Governo numa reunião do Conselho de Ministros quando militares à paisana teriam tomado o local de assalto e impediram a passagem de civis. 

Em meados de dezembro passado, o Conselho de Segurança recebeu o mais recente relatório do secretário-geral sobre a África Ocidental e Sahel. 

Estabilização  

No informe, Guterres menciona que a Guiné-Bissau destacando que continuava essencial para a estabilização política implementar as reformas institucionais pendentes do Acordo de Conacri 

sobre a Resolução da Crise Política de 2016 e os seis pontos para resolver a situação definidos em nível regional. 

Guterres apontava, em  particular, a necessidade da conclusão de um acordo reforma constitucional.