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Pandemia entra no terceiro ano e especialista brasileira fala em "otimismo, mas não complacência" BR

Crianças se protegem da Covid-19 usando máscaras na sala de aula.
Foto: UNICEF/UN0398999/Aldroubi
Crianças se protegem da Covid-19 usando máscaras na sala de aula.

Pandemia entra no terceiro ano e especialista brasileira fala em "otimismo, mas não complacência"

Saúde

Diretora-geral-adjunta da OMS, Mariângela Simão explica que apesar da alta nos novos casos de Covid-19, as vacinas continuam salvando vidas e situação é melhor do que há dois anos; novas variantes ainda podem surgir devido a baixas taxas de imunização em alguns países.  

O ano de 2022 começou com a variante Ômicron se espalhando com rapidez em vários países e causando um grande aumento dos novos casos de Covid-19. Com a pandemia entrando no terceiro ano consecutivo, a população mundial continua querendo saber quando a mesma chegará ao fim. 

Apesar da situação atual, a diretora-geral-adjunta para Medicamentos, Vacinação e Fármacos da Organização Mundial da Saúde, OMS, garante haver muitos motivos para ser otimista. 

Apesar da situação atual da pandemia, especialista da OMS garante haver motivos para otimismo

Novos medicamentos  

De Genebra, a especialista Mariângela Simão destacou, em entrevista para a ONU News, a série de avanços alcançados, principalmente para se evitar mortes.  

“A gente tem razões para estar otimista, mas a gente não pode ser complacente. A gente tem vacinas desenvolvidas no mercado que protegem contra doença grave e morte; você tem tratamentos chegando, principalmente neste final de ano teve duas novas drogas e tem outras sendo recomendadas pela OMS; a gente sabe que as medidas de saúde pública funcionam. Então tem essas razões para dizer que nós estamos numa situação melhor que há um ano e melhor do que dois anos atrás.” 

Apesar do otimismo para 2022, a diretora-geral-adjunta para Medicamentos e Vacinação da OMS lembra que vacinar o maior número possível de pessoas em todas as regiões do mundo continua sendo crucial para reverter a pandemia. 

Riscos de novas variantes  

Risco de novas variantes ainda é real, afirma especialista da OMS
Foto: Unsplash/Fusion Medical Animation
Risco de novas variantes ainda é real, afirma especialista da OMS

Mariângela Simão cita como exemplo a África, onde as taxas de imunização contra a Covid-19 continuam sendo baixas. 

“Tem que tomar cuidado porquê: somente no continente africano, a OMS estima que 1 bilhão de pessoas não receberam nenhuma dose, e mesmo em países ricos onde o movimento anti-vacinas é grande, você já está vendo os estudos mostrando que aquelas pessoas que não foram vacinadas, são hospitalizadas com maior frequência. E aí você tem um ambiente favorável para o aparecimento de novas variantes. Então ainda não acabou, mas a gente sabe bastante e todas as pandemias acabam.” 

Mariângela Simão ressalta que ainda é preciso muita cautela e que os comportamentos de cada pessoa têm um impacto na contenção da transmissão do coronavírus.  

As medidas incluem evitar aglomerações, utilizar máscaras da maneira correta, higienizar bem as mãos e vacinar. A especialista da OMS acredita que 2022 poderá ser o ano do fim da fase aguda da Covid-19.