Brasil apoia resposta ao tufão nas Filipinas que deixou milhares precisando de ajuda
Agência da ONU recebeu menos de 5% do valor total para ajuda alimentar; dados indicam que passagem da tempestade causou mais de 200 mortes e afetou centenas de milhares de pessoas, após tocar nove vezes o solo numa área comparada à Áustria.
A avaliação dos efeitos da passagem pelas Filipinas do tufão Odette, conhecido internacionalmente como Rai, revela que cerca de 7 milhões de pessoas precisam de assistência alimentar.
A previsão inicial era que 2 milhões de pessoas estariam nessa situação, revelou o Programa Mundial de Alimentação, PMA. Em meados de dezembro, a tempestade de categoria cinco tocou nove vezes o solo numa área com o tamanho da Áustria. Autoridades Filipinas disseram que há pelo menos 200 mortos pelo desastre marcado por ventos de até 240 km por hora.
Brasil
O Brasil está entre os primeiros contribuintes, que incluem Austrália, Irlanda e Estados Unidos. Houve ainda doações do Fundo Central de Resposta a Emergências, setor privado e outros indivíduos pelo aplicativo e pela página da internet da agência.
As redes de telecomunicações e eletricidade foram fechadas em muitas áreas e várias comunidades ficaram sem água. O PMA destaca que a resposta ao apelo de US$ 107 milhões é lenta e, até agora, US$ 4,7 milhões foram recebidos.
A diretora do PMA nas Filipinas, Brenda Barton, disse que, a situação é agravada pelas chuvas contínuas e pelos efeitos da pandemia de Covid-19, numa realidade marcada por altos níveis de pobreza e desnutrição.
Emergência
No total, a agência precisa de US$ 25,8 milhões com urgência para fornecer auxílio alimentar a 250 mil sobreviventes do tufão, juntamente com logística de emergência e apoio de telecomunicações para a resposta mais ampla ao tufão.
Desse montante, US$ 20,8 milhões serão necessários para alimentação e transferência de renda nos próximos seis meses. A agência fornecerá alimentos para aumentar cestas de famílias que são distribuídas pelo Departamento de Bem-Estar Social, garantindo que as comunidades possam atender suas necessidades essenciais enquanto os preços dos alimentos permanecem instáveis.
Outra medida será prestar assistência em dinheiro, que ajudará as pessoas a se recuperarem e, ao mesmo tempo, estimulará a economia em locais onde os mercados já estão funcionando.