ONU lança plano humanitário para o Afeganistão nesta terça-feira
Uma das piores crises humanitárias do mundo está sendo observada no país; Nações Unidas mencionam 40 anos de guerra, declínio da economia e aumento da pobreza, além da pior seca em quase três décadas.
Segundo as Nações Unidas, o Afeganistão está se transformando em uma das piores crises humanitárias do mundo.
Depois de 40 anos de guerra, declínio econômico e aumento da pobreza, a população afegã enfrentou intensificação dos conflitos no ano passado, a pior seca em quase três décadas, além de uma enorme instabilidade política.
Dependência
Segundo o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, atualmente, 55% dos habitantes do Afeganistão, ou 24,4 milhões de pessoas, precisam de assistência humanitária – um aumento de 30% em um ano.
Para tentar atender as necessidades da população do Afeganistão, a ONU vai lançar um Plano de Resposta Humanitária e também o Plano de Resposta aos Refugiados para o ano de 2022.
Valores históricos
As informações e os valores necessários para ajudar os afegãos serão divulgadas nesta terça-feira, 11 de janeiro.
Em dezembro, o subsecretário-geral da ONU para Assistência Humanitária, Martin Griffiths, revelou que a organização lançaria este ano o maior apelo financeiro da história, de US$ 4,5 bilhões, em prol das pessoas vulneráveis no Afeganistão.
Em 2021, houve um índice recorde de pessoas desalojadas no país: quase 700 mil abandonaram suas casas. Agora, 9,2 milhões de afegãos vivem como deslocados internos e precisam de apoio para tentar voltar para as suas regiões.
Além disso, milhões de civis abandonaram o Afeganistão nas últimas décadas e buscaram refúgio em países vizinhos, sendo que as comunidades que os acolhem também precisam de apoio.
A maioria dos refugiados afegãos está nos vizinhos Irã, Paquistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão.