Seca na Etiópia pode deixar 6,4 milhões de pessoas precisando de ajuda em 2022
Falta de água já afeta cerca de 3 milhões de pessoas; parceria entre o governo e agências humanitárias tem atuado com limitações; Ocha estima que os esforços contínuos de resposta à seca precisem de pelo menos US$ 34 milhões.
As Nações Unidas informaram que o ano iniciou com áreas do sul e leste etíope sofrendo o impacto severo da seca.
A situação pode deixar até 6,4 milhões de pessoas necessitando de auxílio alimentar, alertou esta quarta-feira o Escritório de Assuntos Humanitários, Ocha.
Parceria
Esforços urgentes de mitigação são necessários para responder ao aumento das necessidades de comunidades que dependem da agricultura e pecuária.
Nesta situação estão pelo menos 3 milhões de habitantes da região da Somália, 2,4 milhões na Oromia oriental e 1 milhão no sul da Oromia.
Uma parceria entre o governo e agências humanitárias tem atuado com limitações e a resposta não é proporcional à necessidade extrema. A falta de água já afeta cerca de 3 milhões de pessoas.
Perda de safras
A seca também prejudica a escolaridade de mais de 155 mil alunos em uma realidade marcada pelo fechamento de escolas e pela falta de alimentação escolar.
O Escritório de Gestão de Riscos de Desastres da Região da Somália prevê perdas de safras de até 70% de milho e milho-zaburro em algumas áreas. Pelo menos 30% das culturas de cebola e tomate devem ter o mesmo fim.
Com o problema, o gado continua não crescendo nem desenvolvendo. Pelo menos 267 mil animais morreram devido à falta de alimentos e água.
O Ocha estima que os esforços contínuos de resposta à seca precisem de pelo menos US$ 34 milhões para abordar todas as necessidades identificadas.