Tolerância e estabilidade no Líbano são destaque durante visita do secretário-geral
António Guterres está no país e encontrou-se com líderes religiosos nesta segunda-feira; ele reforçou a importância de se proteger esses valores, espcialmente neste momento de grave crise financeira e socioeconômica no país.
O secretário-geral das Nações Unidas está no Líbano e encontrou-se com líderes religiosos nesta segunda-feira. Durante a reunião com António Guterres, os participantes reafirmaram o compromisso com a “abertura, tolerância e coexistência”, que seriam “parte essencial da identidade e estabilidade do país”.
Os líderes religiosos também ressaltaram a importância de se proteger esses valores, especialmente em um momento em que o Líbano atravessa uma “grave crise financeira e socioeconômica que está tendo um impacto pesado na população”.
Superação da crise

Na reunião com o chefe das Nações Unidas, foi destacado que todas as religiões têm o “desejo comum de ver o Líbano se recuperar e prosperar”. Guterres confirmou o apoio das Nações Unidas para que o país supere a crise e amenize o sofrimento da população.
No domingo, o secretário-geral fez um apelo aos líderes libaneses, para que trabalhem em conjunto na resolução das crises que assolam o país. António Guterres está no país para uma visita oficial de quatro dias e disse ter tido um encontro “frutífero” com o presidente do país, Michel Aoun.
Solidariedade

Durante uma conversa com jornalistas, o líder das Nações Unidas afirmou que estava levando uma mensagem simples: a de que a organização “está solidária com o povo libanês”.
Guterres está acompanhado do subsecretário-geral para Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, da subsecretária-geral para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, da coordenadora especial da ONU no Líbano, Joanna Wronecka, entre outros.
O presidente libanês, Michel Aoun, contou que durante o encontro com o secretário-geral, os dois falaram sobre a situação na Síria, especialmente sobre os sírios que estão refugiados no Líbano. Guterres reconheceu que “a comunidade internacional não tem feito o suficiente para apoiar Líbano, Jordânia e outras nações que abriram suas fronteiras para os refugiados”.
O chefe da ONU pediu ainda a todos os políticos libaneses para trabalharem em união para resolver a crise no país, afirmando que a população “espera que os líderes restaurem a economia, garantam instituições de governo eficientes, acabem com a corrupção e preservem os direitos humanos”.
Guterres lembrou ainda que as eleições marcadas para a Primavera de 2022 serão “essenciais” e destacou a importância do Líbano estar “totalmente engajado em escolher os rumos do país”.