Unicef crê que fechamento de escolas por causa da Ômicron seria “desastroso”
Variante registra expansão rápida em taxas de novas contaminações; agência chama a atenção sobre perda de US$ 17 trilhões em futuras oportunidades para a atual geração de estudantes.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alerta que uma possível onda de fechamento de escolas para conter a variante Ômicron “seria desastrosa para as crianças”.
A agência pede a atuação de especialistas em saúde pública para melhor entender a questão, da qual depende a ação de governos em meio à incerteza em todo o mundo.
Transmissão
Esta semana, a Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que a propagação da Ômicron está acontecendo “mais rapidamente do que qualquer variante anterior”.
Mas segundo o Unicef, os colégios devem ser os últimos a fechar. E numa situação de alta transmissão comunitária, medidas rigorosas de saúde pública são necessárias.
A agência reconhece a eficácia de medidas de mitigação em escolas, mas recomenda que os estabelecimentos permaneçam abertos. O Unicef advoga ainda pelo o aumento de investimentos na conectividade digital.
Casamento infantil
Com a Covid e o fechamento de colégios, a atual geração de crianças poderá perder US$ 17 trilhões em futuras oportunidades.
A agência da ONU afirma que 2022 não pode ser mais um ano de interrupção no ensino, mas sim um momento de priorizar “a educação e os melhores interesses das crianças.”
A agência lista ainda os desafios enfrentados com os fechamentos prolongados. Entre eles, a limitação de recursos para alunos, professores e pais, bem como a falta de acesso à aprendizagem a distância sobre várias décadas de progresso na educação.
Um dos efeitos da crise de saúde foi também o aumento de casos como trabalho e casamento infantis e problemas de saúde mental.
A agência da ONU ressalta a ausência de segurança nas escolas, do contato entre os alunos, do acesso aos cuidados de saúde e, frequentemente, da única refeição nutritiva do dia para muitas crianças.