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Unicef crê que fechamento de escolas por causa da Ômicron seria “desastroso” BR

Agência da ONU afirma que 2022 não pode ser mais um ano de interrupção no ensino
Acnur/Mohamed Aden Maalim
Agência da ONU afirma que 2022 não pode ser mais um ano de interrupção no ensino

Unicef crê que fechamento de escolas por causa da Ômicron seria “desastroso”

Saúde

Variante registra expansão rápida em taxas de novas contaminações; agência chama a atenção sobre perda de US$ 17 trilhões em futuras oportunidades para a atual geração de estudantes.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alerta que uma possível onda de fechamento de escolas para conter a variante Ômicron “seria desastrosa para as crianças”.

A agência pede a atuação de especialistas em saúde pública para melhor entender a questão, da qual depende a ação de governos em meio à incerteza em todo o mundo.

Transmissão

Esta semana, a Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que a propagação da Ômicron está acontecendo “mais rapidamente do que qualquer variante anterior”.

 Muitos alunos têm acesso à única refeição nutritiva do dia na escola
Unicef/ Santiago Arcos
Muitos alunos têm acesso à única refeição nutritiva do dia na escola

 

Mas segundo o Unicef, os colégios devem ser os últimos a fechar. E numa situação de alta transmissão comunitária, medidas rigorosas de saúde pública são necessárias.

A agência reconhece a eficácia de medidas de mitigação em escolas, mas recomenda que os estabelecimentos permaneçam abertos. O Unicef advoga ainda pelo o aumento de investimentos na conectividade digital.

Casamento infantil

Com a Covid e o fechamento de colégios, a atual geração de crianças poderá perder US$ 17 trilhões em futuras oportunidades.

A agência da ONU afirma que 2022 não pode ser mais um ano de interrupção no ensino, mas sim um momento de priorizar “a educação e os melhores interesses das crianças.”

Unicef ressalta a ausência de segurança nas escolas
ONU Haiti/Daniel Dickinson
Unicef ressalta a ausência de segurança nas escolas

 

A agência lista ainda os desafios enfrentados com os fechamentos prolongados. Entre eles, a limitação de recursos para alunos, professores e pais, bem como a falta de acesso à aprendizagem a distância sobre várias décadas de progresso na educação.

Um dos efeitos da crise de saúde foi também o aumento de casos como trabalho e casamento infantis e problemas de saúde mental.

A agência da ONU ressalta a ausência de segurança nas escolas, do contato entre os alunos, do acesso aos cuidados de saúde e, frequentemente, da única refeição nutritiva do dia para muitas crianças.