Perspectiva Global Reportagens Humanas

No Conselho de Segurança, chefe do Acnur pede mais soluções políticas BR

Segundo o Acnur, há mais de 102,6 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
UNHCR/John Mwate
Segundo o Acnur, há mais de 102,6 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.

No Conselho de Segurança, chefe do Acnur pede mais soluções políticas

Migrantes e refugiados

Alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, fez apelo por mais engajamento contra conflitos e violência; doadores anunciam investimento recorde que supera US$ 1 bilhão para atuação da agência especializada em 2022.

O alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, defendeu mais apoio e engajamento dos membros do Conselho de Segurança para conter conflitos e ajudar as pessoas nessas regiões.

Nesta terça-feira, ele afirmou que os conflitos foram agravados pelos efeitos da pandemia e pelas mudanças climáticas. Assim, Grandi reforçou que o multilateralismo nunca foi tão importante, embora esteja fracassando. 

Funcionários do Acnur ajudam venezuelanos na Guiana.
Foto: © UNHCR/Diana Diaz
Funcionários do Acnur ajudam venezuelanos na Guiana.

Apelo

Ao listar os diversos conflitos e suas consequências nas populações, o alto-comissário relatou que a ajuda humanitária muitas vezes trabalha de forma solitária, mas lida com grandes expectativas de que seja capaz de resolver questões e relações complexas.

Tweet URL

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, anunciou que os governos doadores prometeram um recorde de mais de US$ 1 bilhão para 2022. Outros US$ 808 milhões foram prometidos para os programas a partir de 2023.

No entanto, Grandi afirma que embora crucial, o financiamento não deve ser suficiente perante os desafios crescentes previstos para o próximo ano. O apelo do Acnur para cobrir operações em 136 países e territórios é baseado em um orçamento de quase US$ 9 bilhões.

Engajamento real

Assim, o alto-comissário lembra que a combinação de conflitos, mudanças climáticas e Covid-19 faz crescer as necessidades dos deslocados e pede por mais ações. Para ele, a ajuda humanitária não é capaz de substituir o engajamento real e as soluções políticas. 

Ao concluir, Grandi ele pediu ao Conselho de Segurança que lembre que sem conter os conflitos e a violência, milhões de pessoas seguem em vulnerabilidade e aumenta o número de deslocados.