No Conselho de Segurança, chefe do Acnur pede mais soluções políticas BR

Alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, fez apelo por mais engajamento contra conflitos e violência; doadores anunciam investimento recorde que supera US$ 1 bilhão para atuação da agência especializada em 2022.
O alto-comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, defendeu mais apoio e engajamento dos membros do Conselho de Segurança para conter conflitos e ajudar as pessoas nessas regiões.
Nesta terça-feira, ele afirmou que os conflitos foram agravados pelos efeitos da pandemia e pelas mudanças climáticas. Assim, Grandi reforçou que o multilateralismo nunca foi tão importante, embora esteja fracassando.
Ao listar os diversos conflitos e suas consequências nas populações, o alto-comissário relatou que a ajuda humanitária muitas vezes trabalha de forma solitária, mas lida com grandes expectativas de que seja capaz de resolver questões e relações complexas.
Conflict, climate change, COVID19: the challenges facing refugees, displaced people and their hosts are huge.UNHCR seeks 9 billion $ for its work in 2022.I am grateful to donors for pledging more than one billion $ today - this will be crucial to build sustainable responses. pic.twitter.com/GoJa1X1OKb
FilippoGrandi
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, anunciou que os governos doadores prometeram um recorde de mais de US$ 1 bilhão para 2022. Outros US$ 808 milhões foram prometidos para os programas a partir de 2023.
No entanto, Grandi afirma que embora crucial, o financiamento não deve ser suficiente perante os desafios crescentes previstos para o próximo ano. O apelo do Acnur para cobrir operações em 136 países e territórios é baseado em um orçamento de quase US$ 9 bilhões.
Assim, o alto-comissário lembra que a combinação de conflitos, mudanças climáticas e Covid-19 faz crescer as necessidades dos deslocados e pede por mais ações. Para ele, a ajuda humanitária não é capaz de substituir o engajamento real e as soluções políticas.
Ao concluir, Grandi ele pediu ao Conselho de Segurança que lembre que sem conter os conflitos e a violência, milhões de pessoas seguem em vulnerabilidade e aumenta o número de deslocados.