FMI prevê crescimento econômico de 3,75% este ano na Guiné-Bissau
Desempenho favorável pode ser impulsionado por alta de exportações de castanha de caju; com recursos limitados, país teve níveis relativamente altos de imunização contra a Covid-19.
O Fundo Monetário Internacional, FMI, prevê que a economia da Guiné-Bissau registre um crescimento de 3,75% em 2021.
O aumento das exportações de castanha de caju tem melhorado o cenário econômico guineense, destaca uma nota emitida esta quarta-feira, em Washington. Uma alta confiança dos empresários associada a uma situação política mais estável pode “contribuir para sustentar a recuperação”.
Progresso
Na avaliação, o FMI destaca ainda que as autoridades fizeram progressos satisfatórios em seu programa de reformas, apesar das “difíceis condições socioeconômicas agravadas pela pandemia”.
Em relação à vacinação, o país teve níveis relativamente altos de imunização num contexto de recursos muito limitados se comparado a nações da África Subsaariana.

O FMI disse apoiar o programa de reformas desenvolvido pelo governo para estabilizar a economia, melhorar a competitividade e fortalecer a governança.
Déficit fiscal
Espera-se que este ano o déficit fiscal da Guiné-Bissau esteja em torno de 5,25% do Produto Interno Bruto, PIB.
O FMI tem ainda a expetativa de uma maior mobilização de receitas e contenção de despesas, incluindo na massa salarial, continue criando espaço fiscal e atraindo apoio de doadores.
A meta é proteger os gastos sociais em setores como educação, saúde, despesas relacionadas à pandemia e dar início a investimentos em infraestrutura.
Mecanismo de Crédito
A instituição observa que a implementação oportuna de reformas de governança e transparência são fundamentais para o sucesso do Programa Monitorizado pelo Corpo Técnico, SMP, e para enfrentar os desafios socioeconômicos de longa data.
Foi em julho que o Fundo aprovou o plano que se estende até abril de 2022 para ajudar a construir um historial para que o país se beneficie do Mecanismo de Crédito Alargado no próximo ano.
Entre as medidas recomendadas ao país estão o reforço do controle de despesas, das estruturas tributárias e alfandegárias, o combate à corrupção e a mitigação dos riscos das empresas estatais.
