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Assembleia Geral promove debate anual sobre a questão palestina BR

Civis fazem protesto em Gaza.
Irin/Ahmed Dalloul
Civis fazem protesto em Gaza.

Assembleia Geral promove debate anual sobre a questão palestina

Paz e segurança

Presidente do órgão lamenta a falta de progresso sobre o tema, apesar de constar na agenda da ONU desde 1948; Conselho de Segurança também discutiu escalada da violência e mortes de civis no território.  

O presidente da Assembleia Geral lamenta a falta de progressos sobre a questão palestina, apesar do tema estar na agenda das Nações Unidas desde 1948. As declarações de Abdulla Shahid foram feitas ao órgão durante o debate anual sobre o assunto, na quarta-feira.  

No encontro, Shahid lembrou que os conflitos entre israelenses e palestinos continuam afetando a estabilidade de toda a região. Segundo ele, não estão em jogo apenas a paz e a segurança na área, mas também a “capacidade de união da comunidade global em resolver disputas internacionais”.  

Sem água nem saneamento  

Bandeira palestina na cidade de Ramallah, na Cisjordânia
ONU News
Bandeira palestina na cidade de Ramallah, na Cisjordânia

O presidente da Assembleia Geral mencionou a crise humanitária na Palestina, especialmente na Faixa de Gaza. Segundo ele, “palavras são insuficientes” e não podem substituir a “falta d’água, de eletricidade, saneamento adequado e condições de vida decentes para milhões de palestinos”.  

Shahid também afirmou que “as palavras não podem salvar os palestinos que sofrem com décadas de ocupação, com detenções arbitrárias e com o uso excessivo da força.” 

O presidente da Assembleia Geral pediu à comunidade internacional mais financiamento para as operações humanitárias nos territórios palestinos. A situação local também foi debatida no Conselho de Segurança esta semana. 

Violência desproporcional 

Tor Wennesland, coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio.
Foto: UN Photo/Eskinder Debebe
Tor Wennesland, coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio.

O encontro, na terça-feira, contou com a participação do coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio. Tor Wennesland expressou sua preocupação com a escalada da violência, especialmente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, além dos desafios enfrentados pela Autoridade Palestina.  

Wennesland teme mais mortes se não houver ação imediata para conter a violência. Segundo o representante da ONU, no mês passado, quatro palestinos, incluindo duas crianças morreram e 90 ficaram feridos durante ações das Forças de Segurança Israelenses.  

No mesmo período, um civil israelense for morto, além de nove civis e seis integrantes das Forças Israelenses que ficaram feridos. Wennesland destacou ainda que as crises fiscal e econômica também ameaçam a estabilidade das instituições palestinas.