Ações para eliminar violência de gênero reúnem atletas e casos reais
Campanha do Fundo da ONU para População, Unfpa, traz exemplos de abuso e violência digitais; Organização Mundial da Saúde, OMS, convoca 23 atletas, incluindo brasileiros, moçambicanos e portugueses, para discutir tema; em pandemia, violência se multiplicou dentro e fora das redes sociais.
Durante os 16 dias de ativismo contra violência de gênero, liderada pela ONU Mulheres, outras agências estão tentando ampliar a conscientização sobre o assunto.
O Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, também divulgou dados sobre o tema, destacando que 85% das mulheres sofrem ou conhecem vítimas de ataques virtuais.
México
Por meio de depoimentos reais, o esforço da entidade é para que os crimes digitais sejam reconhecidos como qualquer outro tipo de violência de gênero.
A história de Olímpia, do México, é um exemplo. Ao denunciar seu agressor, ela ouviu que não poderiam fazer nada por ela, pois o episódio não e considerado um crime no México.
São 11 histórias de mulheres que foram vítimas de criminosos que agem enviando fotos íntimas e dados sem autorização, perseguem e extorquem.
Assim, o Unfpa destaca que não há diferença entre os crimes online e os demais, sendo que todos causam efeitos arrasadores na vida das mulheres.
Conteúdo
Na ação da Organização Mundial da Saúde, OMS, a entidade destaca o aumento de casos de violência durante os períodos de quarentena para conter a pandemia de Covid-19
A OMS, em parceria com a Federação Internacional de Futebol, Fifa, apresenta depoimentos de 23 jogadores na iniciativa #SafeHome, segura em casa, em tradução livre para português.
O conteúdo destaca ações que podem ser tomadas para prevenir e mitigar riscos de violência por meio de aconselhamento e apoio aos sobreviventes, além de apelar por um esforço governamental para apoiar os mais vulneráveis.
Entre os convidados estão os portugueses Vítor Baía e Abel Xavier, a brasileira Rosana Augusto e a moçambicana Lúcia Moçambique.
Depressão
A entidade afirma que o número de vítimas não diminuiu na última década, sendo que uma em cada três mulheres com 15 anos ou mais, cerca de 736 milhões, é submetida algum tipo de violência durante a vida.
A OMS aponta que as sobreviventes de qualquer tipo de violência de gênero sofrem graves consequências de saúde, de quadros de depressão a problemas ginecológicos.